As reações do MBL no dia da renúncia de Arthur do Val
Movimento voltou as atenções para criticar a representação de Augusto Aras contra o deputado Kim Kataguiri
A renúncia do agora ex-deputado estadual Arthur do Val (União Brasil-SP) ao seu mandato na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), em meio ao processo de cassação que responde por áudios vazados com frases sexistas declaras na Ucrânia, provocou até agora reações tímidas do Movimento Brasil Livre (MBL), do qual Mamãe Falei faz parte.
Procurado pela reportagem de VEJA , o coordenador nacional Renan Santos não quis se manifestar sobre o assunto. Até antes do Conselho de Ética pedir a cassação de Arthur, Renan dizia a interlocutores que acreditava que o deputado estadual não perderia o mandato.
Enquanto isso, outro membro importante do MBL, o deputado federal Kataguiri (União Brasil-SP), foi às redes para dizer que “provavelmente processo de cassação vai continuar. Mas agora ficará claro que não se trata de cassação (já que não há mais mandato). Se trata de tirá-lo das eleições. E não pelos áudios, mas pelo combate aos privilégios da Alesp que Arthur fez”.
No Twitter, Renan voltou as atenções para uma abertura de representação do procurador-geral da República, Augusto Aras, contra Kataguiri. Aras acusa o parlamentar de suposto uso irregular de sua verba parlamentar para contratar uma pesquisa da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), ligada à USP, depois de denúncia publicada por Veja.
“Após cassação do Arthur, governo federal está tentando neste instante retirar na mão grande o mandato do Kim”, escreveu o coordenador nacional.
Kataguiri se defende ao dizer que a pesquisa é de interesse público, para entender o impacto de um relatório sobre licenciamento ambiental do qual o próprio é relator. Ele também chama Aras de “engavetador do Bolsonaro” e o acusa de perseguição.