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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

As duas missões que Lula confiou ao ‘comandante’ José Dirceu

Nas últimas semanas, ex-ministro da Casa Civil turbinou o número de agendas públicas com autoridades da alta cúpula da política

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 mar 2025, 11h42

A edição de VEJA desta semana mostra como o ex-ministro José Dirceu, reabilitado pela Justiça e avalizado por Lula, prepara seu retorno institucional à política em 2026.

Movimentos nesse sentido não faltam. Nas últimas semanas, o ex-ministro da Casa Civil turbinou o número de agendas públicas com autoridades dos mais altos círculos do poder. Nos eventos, quase sempre tem sido saudado como “comandante” pelos antigos aliados e militantes do partido.

Nos encontros, Dirceu tem dito a quem pode ouvir que recebeu duas missões do presidente.

A primeira delas é seu retorno à política, sendo candidato a deputado federal na eleição de 2026: o martelo, diz, só será batido no final do ano porque, segundo ele, quem lança candidatura muito antes vira alvo da oposição.

Não há dúvidas de que Dirceu realmente irá para o jogo, até porque enxerga na iniciativa uma maneira de virar a página de uma carreira manchada pelos seguidos escândalos em que se envolveu, como o Mensalão e o Petrolão. Além disso, já recebeu a tarefa de ser um dos principais articuladores do Planalto junto ao Congresso, função mais do que essencial para um governo que patina para aprovar matérias e que tem amargado índices crescentes de rejeição. “Governo sitiado” tem sido sua definição para o cenário atual.

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“Vamos lembrar primeiro que temos dois anos pela frente. E estamos vendo que é um governo sitiado, cercado. Portanto, ele precisa de apoio, e nós precisamos fazer apoio para, inclusive, avançarmos naquelas políticas”, declarou durante sua comemoração de aniversário em São Paulo, na última semana.

Na ocasião, fez questão de lembrar que a conjuntura que se impõe no Legislativo não é das mais favoráveis. “Se nós queremos mudar o Brasil, temos que mudar o Congresso Nacional. A nossa tarefa não é que não devemos criticar, não podemos discutir erros e insuficiências, mas temos que lembrar que é um governo que a direita, sem nós, tem 300 deputados e 30 senadores”, alertou.

A segunda incumbência recebida de Lula é mais espinhosa: a de unir o PT. Um dos objetivos de Dirceu, anunciado pelo próprio, é levar o ex-ministro e ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva ao comando da legenda a partir de julho, quando o partido renovará sua direção. Apesar de ser apoiado por Lula e de integrar a corrente majoritária Construindo um Novo Brasil, Edinho enfrenta resistências a seu nome, em especial do grupo ligado à ex-presidente da agremiação e hoje ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

O candidato de Lula pode enfrentar um adversário de peso no PT, como o deputado Rui Falcão, que já presidiu a sigla e se movimenta fortemente nos bastidores para lançar candidatura. “Estou coletando assinaturas”, afirma ele. Apesar de próximo a Lula, Falcão tem um discurso à esquerda e é contra qualquer inclinação ao centro. “O partido não pode ser reduzido a um braço institucional do governo de frente ampla”, defendeu em carta aberta aos militantes. Dentro de uma visão mais pragmática, Dirceu, além de apoiar Edinho, vem entoando nas reuniões o mantra de que a sigla deve caminhar com aliados de centro e direita se quiser derrotar o bolsonarismo.

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