Após dar 72% dos votos a Lula, Bahia desaprova o trabalho do petista
Levantamento foi feito pelo instituto Paraná Pesquisas
Um dos estados que deram a maior votação proporcional a Luiz Inácio Lula da Silva na eleição presidencial de 2022 (72% dos votos válidos no segundo turno), a Bahia não anda muito satisfeita com o seu escolhido — é o que aponta levantamento feito entre os dias 17 e 20 de março pelo instituto Paraná Pesquisas e divulgado nesta terça-feira, 25.
De acordo com a pesquisa, 52,6% dos baianos desaprovam o trabalho feito no terceiro mandato de Lula, enquanto 44% o aprovam e 3,4% não souberam ou não quiseram responder. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
Quando questionados sobre como avaliam o governo Lula, 29,5% dos entrevistados dizem que consideram o trabalho “ótimo” ou “bom”, enquanto 43,8% afirmaram que o classificam como “ruim” ou “péssimo”. Outros 25,7% qualificaram a gestão como “regular”, enquanto 1,1% do eleitorado baiano não soube ou não quis responder.
Eleição 2026
A má avaliação é refletida nos percentuais de votos que Lula tem contra seus potenciais adversários na corrida presidencial do ano que vem. O petista ainda venceria a corrida ao Palácio do Planalto, mas bem longe do percentual que conseguiu no estado em 2022.
Quando o adversário é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Lula teria 39,0% das intenções de votos contra 20,4% do ex-ministro de Jair Bolsonaro.
Neste cenário, aparecem na sequência o ex-governador Ciro Gomes (PDT), com 12,0%; o coach Pablo Marçal (PRTB), com 8,3%; o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), com 3,8%; o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), com 2,3%; e o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), com 0,1%.
Em outro cenário, com Michelle Bolsonaro (PL) sendo a candidata do bolsonarismo à Presidência da República, Lula teria 38,5% das intenções de voto contra 26,6% da ex-primeira-dama. Na sequência, surgem Ciro (11,3%), Marçal (5,6%), Caiado (4,9%) e Leite (2,3%) — neste cenário, Helder Barbalho não pontua.
Lula x Bolsonaro
Inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Jair Bolsonaro não teve o nome testado na pesquisa, mas o seu desempenho no levantamento espontâneo (em que os nomes dos candidatos não são apresentados ao eleitor) foi bastante significativo.
O ex-presidente foi citado por 17,0% dos eleitores contra 19,9% que apontaram o nome de Lula — com isso, eles estão empatados na margem de erro de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
Ninguém mais se saiu muito bem nesse levantamento — o terceiro citado, Tarcísio de Freitas, foi lembrado por apenas 1,9% dos entrevistados. Os demais não atingiram um ponto percentual.
Nesse cenário, no entanto, é muito alto o percentual de quem não sabe apontar nenhum candidato de forma espontânea: nada menos que 51,8% dos entrevistados na Bahia não souberam citar um presidenciável em quem votariam em 2026.
Pesquisa
O levantamento do Paraná Pesquisas ouviu 1.640 eleitores em 65 municípios da Bahia.
Transformar para crescer: um novo ciclo de industrialização ganha força no país
Relator da CPI do Crime Organizado no Senado ajuda Derrite com PL Antifacção
Crédito desacelera e bancos ainda veem risco fiscal como principal ameaça, diz BC
Lula mantém popularidade, mas perde terreno entre eleitores independentes
Lula abre Cúpula dos Líderes com apelo por fim dos combustíveis fósseis e desmatamento zero







