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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Aécio já admite a aliados que será candidato a deputado em 2018

Alvo de nove inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), o senador mineiro diz a confidentes que pensa em descer um degrau para defender o seu legado

Por Edoardo Ghirotto
Atualizado em 12 ago 2017, 15h42 - Publicado em 12 ago 2017, 14h52

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) admitiu aos seus aliados mais próximos que será candidato a deputado federal em 2018. O tucano, alvo de nove inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), está preocupado com a quantidade de votos que terá de arrumar para manter o cargo no Senado – em 2010, quando foi eleito, ele obteve 7,56 milhões de votos (39,5% do total) e foi um dos senadores mais bem votados no país.

Aécio já cogitava descer um degrau em fevereiro, quatro meses antes de ser flagrado pedindo 2 milhões de reais em um grampo com o empresário Joesley Batista, da JBS. Com os danos que o escândalo causou à imagem do senador, o PSDB já dá como certa a iniciativa de Aécio de buscar um assento na Câmara dos Deputados.

O tucano diz aos correligionários que quer manter um cargo no Legislativo para tentar recuperar sua biografia e defender seu legado como governador de Minas Gerais. Caso consiga se eleger, o senador também garantirá mais quatro anos de foro privilegiado.

Apesar dos problemas judiciais, Aécio vinha esboçando um ressurgimento nas últimas semanas. Ele irritou alas do partido ao jantar com o presidente Michel Temer (PMDB), de quem é um fiel aliado, antes da votação da denúncia por corrupção passiva que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou contra o peemedebista.

Na semana passada, Aécio entrou em acordo com a cúpula do partido e decidiu seguir licenciado da presidência do PSDB. O posto será ocupado interinamente pelo senador Tasso Jereissati (CE) até as eleições internas, previstas para ocorrer em dezembro.

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Aécio também aguarda o STF se manifestar sobre um recurso em que Janot pede para a Corte reconsiderar a prisão do senador. Outras duas requisições foram rejeitadas desde a homologação da delação da JBS. A questão será analisada pela Primeira Turma, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Marco Aurélio Mello, relator de dois inquéritos contra o tucano.

Por meio de sua assessoria de imprensa, Aécio disse que as informações sobre uma possível candidatura à Câmara dos Deputados são “incorretas” e que “nunca discutiu a disputa das eleições do ano que vem com qualquer interlocutor”.

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