Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Imagem Blog

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

‘A paciência do nosso povo já se esgotou’, diz Bolsonaro na Paulista

Presidente volta a atacar o sistema eleitoral e o STF e diz que só deixará a Presidência 'preso, morto ou com a vitória'

Por Da Redação Atualizado em 7 set 2021, 16h33 - Publicado em 7 set 2021, 15h59

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta tarde na Avenida Paulista, em São Paulo, a milhares de apoiadores que a paciência do povo se esgotou e que ele não vai admitir mais as interferências do Supremo Tribunal Federal e a realização de eleições sem a adoção do voto impresso — a proposta já foi derrubada pelo Congresso.

“A paciência do nosso povo já se esgotou”, declarou. “Nós queremos eleições limpas, democráticas, com voto auditável e contagem pública de votos”, completou. “Não posso participar de uma farsa patrocinada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral”, disse, em referência ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente da corte.

Ele também disse que irá desrespeitar as decisões do ministro Alexandre de Moraes, que se tornou desafeto do presidente por causa de investigações que comanda e que atingem apoiadores de Bolsonaro suspeitos de ameaçar o STF e as instituições democráticas.

“Nós devemos, sim, porque eu falo em nome de vocês, determinar que todos os presos políticos sejam postos em liberdade. Alexandre de Moraes, esse presidente não mais cumprirá”, disse. “Ou esse ministro se enquadra ou ele pede para sair. Não se pode admitir que uma pessoa apenas, um homem apenas, turve a nossa liberdade.”

Em seguida, ele fez um afago aos manifestantes que foram às ruas pelo país, principalmente em Brasília, onde ele também discursou e deu uma espécie de ultimato ao STF para afastar Moraes. “Cumprimento todos os patriotas que estão se manifestando por esse imenso Brasil. O povo acordou”, disse.

Continua após a publicidade

O presidente também disse que não teme ir para a prisão em razão de qualquer investigação. “Quero dizer aos canalhas: nunca serei preso”, afirmou. Ele também fez referências à possibilidade de o TSE torná-lo inelegível, desafiou qualquer um a tirá-lo do cargo e repetiu uma frase que já havia dito anteriormente, de que só deixaria a presidência “preso, morto ou com a vitória”.

O presidente também criticou governadores e prefeitos por causa das medidas adotadas durante a pandemia — Bolsonaro sempre foi contra as políticas de isolamento social para prevenir o contágio pela Covid-19. “Vocês passaram momentos difíceis com o vírus, mas pior do que a pandemia foram as ações de alguns governadores e prefeitos, que ignoraram a nossa Constituição. Proibiram vocês de trabalhar e frequentar templos e igrejas para sua oração. A indignação de vocês foi crescendo”, discursou.

Contra Doria, STF e Lula

Milhares de manifestantes tomam a Avenida Pauista desde o final desta manhã desta terça-feira para apoiar Bolsonaro, defender suas pautas – como a volta do voto impresso — e gritar contra os adversários do presidente. Além dos protestos contra o STF — em particular o ministro Alexandre de Moraes–, em São Paulo os gritos também são direcionados a um adversário em particular: o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

O tucano, que é pré-candidato à Presidência da República em 2022, tem se colocado como contraponto ao presidente principalmente nas questões relacionadas à pandemia, como a defesa da vacina e do isolamento social, o que o colocou em rota de colisão com o bolsonarismo.

Continua após a publicidade

Boa parte dos manifestantes, aliás, não usa máscaras ou, se usa, as coloca no queixo. Também há vários pontos de aglomeração. Dois caminhões de som foram colocados na altura da faculdade Cásper Líbero – a via é normalmente fechada aos domingos e feriados –, além de um boneco do presidente Bolsonaro.

Além de gritar contra o STF e Doria, os manifestantes defendem o agronegócio e os ruralistas, pedem intervenção militar com Bolsonaro no poder — alguns usam farda e coturno –, empunham bandeiras do Brasil e de Israel e fazem orações e coletam assinaturas para a criação do Aliança pelo Brasil, o partido que o presidente pretende criar, mas que encontra dificuldades para sair do papel. Também entoam gritos de “Lula ladrão”, em referência ao ex-presidente, hoje o principal adversário de Bolsonaro na corrida ao Planalto.

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.