A embolada disputa à prefeitura no 3º maior colégio eleitoral do país
Levantamento sobre a eleição em Belo Horizonte foi feita pelo instituto Paraná Pesquisas
Terceiro maior colégio eleitoral do país, com mais de 1,8 milhão de eleitores (atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro), Belo Horizonte tem, por ora, uma embolada corrida pela prefeitura, segundo levantamento feito pelo instituto Paraná Pesquisas entre os dias 22 e 27 de março e divulgada nesta quinta-feira, 28.
Segundo a pesquisa, três candidatos estão empatados tecnicamente na primeira posição. O primeiro numericamente é o ex-deputado estadual João Leite (PSDB), que tem 16,6% das intenções de voto. Depois, aparecem o senador Carlos Viana (Podemos), com 16,2%, e o deputado estadual Bruno Engler (PL), com 14,9%. A margem de erro é de 3,3 pontos percentuais para mais ou para menos.
No segundo pelotão, todos empatados tecnicamente entre si, aparecem a deputada federal Duda Salabert (PDT), com 9,6%; o atual prefeito, Fuad Noman (PSD), com 8,6%; o presidente da Câmara Municipal, Gabriel Azevedo (MDB), com 6,4%; e o deputado federal Rogério Correia (PT), com 5,8% — Salabert e Noman também estão empatados com Bruno Engler na margem de erro.
Outros candidatos não atingiram um ponto percentual. Entre os entrevistados, 13,4% disseram que irão votar em branco, nulo ou nenhum, enquanto 6,8% não souberam ou não responderam.
Avaliação
Prefeito desde março de 2022, quando assumiu o cargo após a saída do titular Alexandre Kalil (PSD) para disputar o governo do Estado, Fuad Noman tem uma avaliação bastante dividida sobre o seu trabalho: 50,8% aprovam a sua gestão, enquanto 43,3% a desaprovam e outros 5,9% não souberam ou não quiseram opinar.
Além de Kalil, Noman pode ter o apoio do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que é do mesmo PSD e que deve tentar o governo do estado em 2026. O atual governador, Romeu Zema (Novo), não pode mais disputar a reeleição porque já está no seu segundo mandato.
PT
Uma das raras capitais onde o PT decidiu lançar candidato, Belo Horizonte, por enquanto, tem dado poucos votos para o deputado Rogério Correia, que está no seu segundo mandato na Câmara – antes, foi deputado estadual por dois períodos.
Há a possibilidade de o PT discutir uma aliança com o PSD no estado, como já ocorreu na eleição de 2022, quando Kalil apoiou Lula e vice-versa. Kalil acabou sendo derrotado por Zema na disputa estadual, e Lula perdeu para Jair Bolsonaro na capital – teve 45,8% dos votos contra 54,2% do adversário. No Estado, o petista venceu por pouco: 50,2% a 49,8%.
Pesquisa
O levantamento do instituto Paraná Pesquisas ouviu 900 eleitores na cidade de Belo Horizonte.