A cutucada de Ratinho Jr. em Lula após anúncio de isenção para alimentos
Cotado como presidenciável para 2026, governador diz que Paraná não cobra impostos de produtos da cesta básica 'há tempos'

O governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), aproveitou o anúncio do pacote federal de medidas que visam reduzir o preço dos alimentos para “cutucar” o governo Luiz Inácio Lula da Silva. “Só agora?”, questionou em vídeo publicado pelo mandatário nas redes sociais. Exibindo recortes de notícias, a publicação afirma que o Paraná já faz a isenção de impostos sobre produtos da cesta básica “há tempos”. “Método Paraná sempre na frente”, finaliza a gravação.
Um estudo de 2023 da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) mostrou que o Paraná é, de fato, o estado com maior número de itens da cesta básica isentos da cobrança de ICMS. O levantamento apontou que, dentre os 32 produtos da cesta mais consumidos pelos brasileiros, 21 já estavam desonerados no estado, como carne bovina, frango, ovos, queijos, arroz, café e açúcar. Segundo a pesquisa da Abras, os outros estados com mais itens isentos são o Amazonas, com 17, e Mato Grosso e Distrito Federal, com quatro cada.
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Preço dos alimentos
Na última quinta-feira 6, o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, anunciou uma série de medidas que estão sendo postas em prática com o objetivo de baratear os alimentos à população. Uma dessas iniciativas será levar um pleito aos governadores para que os mandatários zerem tributáveis sobre os produtos da cesta básica — alguns estados tributam os itens via ICMS, que é o imposto estadual sobre mercadorias e serviços.
A principal frente do governo, no entanto, é zerar as tarifas de importação sobre alguns produtos — entre eles café, carne, açúcar e azeite de oliva.
Eleições
Aliado de Jair Bolsonaro, Ratinho Jr. é um dos — vários — presidenciáveis cotados para disputar a Presidência da República no campo da direita em 2026 contra Lula caso o ex-presidente Jair Bolsonaro não possa concorrer. Bolsonaro foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030.