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Por José Benedito da Silva

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Brasil

A boa notícia para Camilo Santana, que pode ser alternativa a Lula em 2026

Pesquisa feita pelo Ipec mostra que educação é a única área em que o governo não é reprovado pela população

Por Redação 19 dez 2024, 12h22

Site — O ministro da Educação, Camilo Santana, e o presidente Lula durante lançamento do programa Pé-de-Meia no Ceará (Ricardo Stcukert/PR/Divulgação)

O ministro da Educação, Camilo Santana, é um dos mais vitoriosos na história recente do PT. Na última eleição municipal, por exemplo, foi o único cacique a emplacar um nome da legenda como prefeito em uma capital (Evandro Leitão, em Fortaleza). Antes, foi eleito governador do Ceará duas vezes, fez o seu sucessor, Elmano de Freitas, e obteve uma eleição consagradora para o Senado, com quase 70% dos votos.

Por isso, ele é tido por parte da classe política, inclusive no PT, como uma alternativa do partido para a eleição presidencial em 2026, caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decida não disputar a reeleição (discussão que cresceu após o recente problema de saúde) O outro nome cotado – e que hoje está na frente na fila de alternativas petistas – é Fernando Haddad, ministro da Fazenda, mas o seu sucesso depende totalmente do comportamento da economia.

Pesquisa Ipec de avaliação do governo divulgada nesta quinta-feira, 19, traz uma boa notícia para Camilo Santana: educação foi a única área onde o governo foi avaliado positivamente pelo eleitorado: 37% consideram a gestão nesse assunto como ótima ou boa, enquanto 34% a avaliam como ruim ou péssima e 27% como regular. É a única área onde a avaliação positiva supera a negativa.

Já a economia comandada por Haddad não vai tão bem: 47% consideram ruim ou péssimo o combate à inflação, 48% dizem o mesmo sobre o controle de gastos públicos e 38% afirmam isso em relação ao combate ao desemprego (veja números abaixo).

Se conseguisse emplacar o seu nome, seria a primeira vez que o Nordeste, o maior reduto eleitoral do PT nos últimos anos, conseguiria emplacar alguém da região numa chapa presidencial petista. Desde 1989, os candidatos a vice ou a presidente da República sempre vieram do eixo Sul/Sudeste.