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Lillian Witte Fibe

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Não fosse Gilmar, amigos de Temer estariam soltos!

Se dependesse da Polícia Federal, os amigos de Temer passariam a Páscoa em casa depois de prestar depoimento ontem. Simples assim.

Por Lillian Witte Fibe 30 mar 2018, 12h45

Essa não é boa, é ótima.
A Polícia Federal nem queria prender os amigos de Temer.
As investigações apontavam para necessidade de condução coercitiva.
A ideia era colher depoimentos e liberar todo mundo para passar a Páscoa em casa.
A-con-te-ce que o ministro do Supremo, Gilmar Mendes, revoltado com o que ele classifica de afronta aos direitos de liberdade e à presunção de inocência, resolveu, em dezembro, suspender a condução coercitiva.
Decisão “monocrática”, como eles gostam de chamar, por ser provisória e dada em caráter liminar.
Tão provisória, que já dura mais de três meses.
Raquel Dodge, a procuradora-geral, escolhida a dedo por Temer com forte apoio de Gilmar Mendes, não teve dúvida.
Leu o pedido de condução coercitiva, mas pediu ao Supremo a prisão temporária dos amigos de Temer.
Solicitação recebida num dia (não por Gilmar Mendes, mas por Luís Roberto Barroso), aceita no dia seguinte.
E os mandados de prisão foram rapidamente expedidos.
Os argumentos de Gilmar sempre giram em torno do “garantismo”, palavra que não existe no dicionário e é usada no Direito para definir os que se inclinam mais a garantir direitos do que a punir e prender.
O oposto do garantista seria o punitivista.
Tudo bobagem.
Basta seguir o código penal, prender culpado e inocentar quem não cometeu crime.
Até agora, o que temos visto por aqui é que garantismo é tem sido usado pra classificar os juízes que… deixa pra lá.

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