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Um jeito criativo e colaborativo de prevenir o câncer de colo de útero

Rastreio organizado e autocoleta do exame podem engajar mulheres e comunidades no combate a uma doença que mata milhares de pessoas por ano

Por Adriana Mallet*
23 abr 2025, 11h00

O câncer de colo de útero é uma das principais causas de morte por câncer entre mulheres em todo o mundo. No entanto, essa realidade pode ser transformada com a implementação de programas de rastreio organizados.

O diagnóstico precoce é fundamental, pois aumenta significativamente as chances de tratamento eficaz e cura. Para que isso seja viável em maior escala, é fundamental discutirmos alternativas práticas no rastreamento da doença, como a realização de programas em empresas e a possibilidade da autocoleta para exame em casa.

A fim de esclarecer a importância dessa nova abordagem preventiva, é preciso lembrar primeiro que o câncer de colo de útero é geralmente causado pela infecção persistente pelo papilomavírus humano (HPV). A boa notícia é que, quando detectado precocemente, as taxas de sobrevivência são altas. O rastreio regular, por meio de exames como o papanicolau e a pesquisa de HPV, é essencial para identificar alterações celulares antes que elas se desenvolvam em câncer.

Infelizmente, muitos casos da doença ainda são diagnosticados em estágios avançados, o que torna o tratamento mais complexo e menos eficaz. A implementação de programas de rastreio organizado, que garantam que todas as mulheres tenham acesso aos exames necessários, é crucial para mudar esse cenário.

Estes programas, geralmente criados no SUS ou operadoras, poderiam ser feitos em uma versão mais “colaborativa e descentralizada”. Eles podem aumentar a adesão aos exames, reduzir desigualdades no acesso à saúde e, consequentemente, salvar vidas.

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Já imaginou organizar um programa assim na sua empresa, ou mesmo entre amigas e parentes? A ideia é formar grupos múltiplos de 12 mulheres na faixa entre 25 e 65 anos e garantir que, a cada mês, uma confirme a realização dos exames no grupo. Pode ser um jeito super interessante de garantir trocas e cuidados entre amigas ou entre as suas colaboradoras!

O rastreio não é apenas uma medida preventiva; é um ato de empoderamento. Ao se submeter aos exames, mulheres estão tomando uma atitude proativa em relação à sua saúde. É importante que todas as mulheres, especialmente aquelas entre 25 e 64 anos, realizem o papanicolau e estejam atentas à pesquisa de HPV, conforme as orientações médicas.

A autocoleta do exame

Para muitas mulheres, a rotina agitada pode ser um obstáculo para a realização dos exames de rastreio. Pensando nisso, é fundamental destacar a opção de autocoleta, que permite que você realize o exame em casa, com toda a privacidade e conforto que desejar. Essa abordagem não apenas facilita o acesso ao rastreio, mas também pode aumentar a adesão a esse importante cuidado, especialmente para aquelas que têm dificuldade em encontrar tempo para consultas médicas.

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Trata-se de um método simples e eficiente. Com um kit fornecido por unidades de saúde, você poderá coletar a amostra de células do colo do útero de forma segura e orientada. Após a coleta, basta enviar a amostra para análise laboratorial. Lembre-se de que, embora a autocoleta seja uma alternativa prática, é importante seguir as orientações do seu médico e continuar realizando consultas regulares.

Enfim, o câncer de colo de útero é uma realidade que pode ser prevenida. A implementação de rastreios organizados é uma estratégia vital para garantir que todas as mulheres tenham acesso a cuidados adequados. Ao sensibilizar-se sobre a importância desses exames e aproveitar opções como a autocoleta, você não apenas cuida da sua saúde, mas também se torna uma agente de mudança na luta contra o câncer de colo de útero.

Não deixe para amanhã: cuide-se hoje e incentive outras mulheres a fazer o mesmo. Juntas, podemos fazer a diferença!

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* Adriana Mallet é médica emergencista e empreendedora social, fundadora e CEO da SAS Brasil, com mestrado sobre o uso da telecolposcopia para o diagnóstico de câncer de colo de útero pelo Hospital de Amor de Barretos (SP)

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