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O que tomar mais de um refrigerante por dia faz com seus espermatozoides

Estudos mostram que homens que consomem rotineiramente bebidas açucaradas apresentam mais alterações ligadas à infertilidade

Por Rodrigo Rosa*
29 Maio 2025, 06h00

Ajustes alimentares podem melhorar a saúde reprodutiva de homens e mulheres, mas às vezes até pequenas mudanças podem produzir bons efeitos. Uma revisão de estudos recém-publicada na revista científica Nutrients concluiu que reduzir o consumo de bebidas adoçadas com açúcar, caso dos refrigerantes, pode melhorar a saúde dos espermatozoides.

Muitas pesquisas já demonstraram que o consumo regular dessas bebidas está associado a efeitos adversos na saúde reprodutiva masculina, principalmente por meio de desequilíbrios hormonais e danos oxidativos. Além dos refrigerantes, as bebidas adoçadas englobam sucos em pó, energéticos, lácteos saborizados, sucos de frutas industrializados, chás e cafés prontos com adição de açúcar.

A revisão atual incluiu estudos publicados entre 2000 e 2024 e mirou essas bebidas, que normalmente contêm altas concentrações de adoçantes calóricos, como xarope de milho rico em frutose, sacarose ou sucos de frutas concentrados.

Antes de mais nada é importante deixar claro que esse tipo de frutose é mais concentrado que o das frutas e vem sem as vitaminas, minerais, fibras e fitoquímicos presentes nesses alimentos naturais. O consumo de frutas é altamente benéfico para a saúde do organismo e para a reprodução humana.

O estudo mostra que o alto consumo de bebidas açucaradas, ou seja, o consumo regular de mais de sete bebidas por semana, equivalente a 245 a 262,5g de açúcar, está associado a uma redução significativa na concentração e motilidade dos espermatozoides.

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Homens que consumiram mais de sete bebidas açucaradas por semana apresentaram uma redução de 22% na concentração de espermatozoides em comparação com os não consumidores. Em comparação com os que não bebiam, os homens que bebiam mais de sete bebidas adoçadas com açúcar por semana geraram um volume de sêmen 6% menor.

Diversas condições podem afetar a reprodução masculina, incluindo redução na contagem total de espermatozoides, volume de sêmen ejaculado, motilidade e viabilidade do esperma e morfologia anormal do esperma.

Essas bebidas ainda podem estar associadas à obesidade, provocando desequilíbrios hormonais que interferem na qualidade dos espermatozoides.

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Além disso, o alto consumo de açúcar desencadeia diversas condições metabólicas e induz estresse oxidativo, que danifica o DNA, consequentemente prejudicando a capacidade de fertilização dos espermatozoides.

A revisão observa que uma dieta balanceada e rica em antioxidantes é uma estratégia de longo prazo mais segura e sustentável para melhorar a saúde reprodutiva masculina. Além disso, claro, deve-se reduzir e, se possível, evitar o consumo dessas bebidas adoçadas como refrigerantes.

Por fim, modificações no estilo de vida, a manutenção de um peso saudável e a melhoria da saúde metabólica são recomendadas como parte de uma abordagem abrangente para aprimorar a qualidade e quantidade das células reprodutoras masculinas.

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* Rodrigo Rosa é ginecologista e obstetra especialista em reprodução humana, diretor clínico da Mater Prime e do Mater Lab, em São Paulo, e membro da Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) e da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH)

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