Namorados: Assine Digital Completo por 5,99
Imagem Blog

Letra de Médico

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Orientações médicas e textos de saúde assinados por profissionais de primeira linha do Brasil

Fibrilação atrial: o que faz diferença no tratamento dessa arritmia

Doença cardíaca afeta milhões de brasileiros e rende inúmeras complicações. Mas diagnóstico precoce e tratamento integrado evitam desfechos ruins

Por Eduardo Lima*
Atualizado em 14 Maio 2024, 00h04 - Publicado em 25 jul 2023, 12h49

Entre as arritmias cardíacas, a fibrilação atrial é o tipo mais frequentemente associado a internações relacionadas à saúde do coração, sendo mais comum em idosos. Entre os fatores de risco para a condição estão, além da idade, hipertensão, diabetes, obesidade, doença coronariana arterial, tabagismo e consumo excessivo de álcool.

Segundo a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac), a incidência desse quadro na população mundial é de 2,5%, ou cerca de 175 milhões de pessoas. Além disso, estima-se que de 5 a 10% da nossa população apresentará este tipo de arritmia ao longo da vida.

Subdiagnosticada em muitos casos, a doença ocorre quando os átrios do coração sofrem contrações rápidas e descoordenadas, que resultam em um fluxo sanguíneo inadequado, o que pode levar à formação de coágulos ali devido à falta de força suficiente para o sangue circular corretamente.

Exatamente por isso, a fibrilação atrial está fortemente associada ao risco de acidente vascular cerebral (AVC). Os coágulos formados no coração podem viajar pela circulação até obstruir uma artéria cerebral.

Ao longo do tempo, a irregularidade do batimento cardíaco também pode aumentar o risco de demência, destacando a importância do diagnóstico e do tratamento correto quanto antes.

Continua após a publicidade

Pensando nessa realidade, tem ganhado tração a tendência de se criar e implantar centros dedicados ao manejo de arritmias cardíacas dentro do hospital. No local, o paciente conta com um time especializado e tecnologias como inteligência artificial, que, acopladas a exames como eletrocardiogramas, aceleram a identificação do problema e facilitam o encaminhamento ao tratamento adequado.

+ LEIA TAMBÉM: Aprovado novo medicamento para controlar o colesterol 

O controle da fibrilação atrial inclui medicamentos de uso contínuo, como anticoagulantes e antiarrítmicos, mas, em função do aumento da segurança e eficácia, a ablação por radiofrequência tem sido considerada como primeira opção a depender das condições clínicas do paciente. Com altos índices de resolutividade, ela tem como impacto positivo a supressão do uso de antiarrítmicos, classe de medicamentos que podem ter efeitos adversos em outros órgãos.

Apesar dos benefícios da ablação, sua realização ainda é limitada no Brasil, mesmo na rede privada. Em parte, porque muitos pacientes não apresentam sintomas óbvios, o que pode dificultar o diagnóstico precoce. Por outro lado, uma ação fundamental para ampliar o uso desse recurso é promover o encontro entre o paciente, o devido diagnóstico, e o especialista, dentro da necessária estrutura hospitalar.

Continua após a publicidade

A disponibilidade de equipamentos e a presença de operadores experientes são essenciais para aumentar a acessibilidade ao tratamento da fibrilação atrial, fortalecendo a pertinência e eficácia do tratamento, bem como melhorando o desfecho.

Essa importante condição cardiológica demanda o estabelecimento de serviços coordenados, como os centros de arritmia, baseados em três pilares: diagnóstico precoce, tratamento eficaz e acompanhamento contínuo. Essas medidas têm demonstrado resultados positivos na melhoria da qualidade de vida dos pacientes, redução de complicações e maior acessibilidade ao tratamento.

Isso também tem impactos positivos em longo prazo, reduzindo as visitas ao pronto-socorro e internações. No entendimento de tratar-se de uma doença crônica, o cuidado contínuo é fundamental, e os centros de arritmia vêm com essa vocação de seguir a jornada completa do paciente.

Continua após a publicidade

* Eduardo Lima é cardiologista e líder da Cardiologia do Hospital Nove de Julho, em São Paulo

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês*
DIA DOS NAMORADOS

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.