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É hora de falarmos sobre pré-diabetes

No Dia Mundial do Diabetes, precisamos sensibilizar a sociedade sobre essa condição que não é uma “pré-doença”

Por Carlos Eduardo Barra Couri*
14 nov 2025, 08h35

No dia de conscientização global sobre o diabetes, é crucial voltarmos o olhar para um tema que muitas vezes passa despercebido: o pré-diabetes.

No Brasil, os números mais recentes deixam claro que não se trata de um risco distante — é uma realidade urgente.

Segundo o International Diabetes Federation Atlas 2025, no Brasil há cerca de 16,6 milhões de adultos com diabetes diagnosticados — aproximadamente 10,7% da população adulta. Em paralelo, 11% dos adultos brasileiros apresentam o pré-diabetes — isso inclui cerca de 15,2 milhões de adultos com glicemia de jejum alterada (entre 100 e 126 mg/dL) e 17,7 milhões com intolerância à glicose no teste de tolerância oral.

De acordo com diretrizes como as da American Diabetes Association (ADA), os critérios para diagnóstico de pré-diabetes são:

• Glicemia após pelo menos 8h de jejum entre 100 e 125 mg/dL.

• Teste oral de tolerância à glicose (TOTG) de 2 horas entre 140 e 199 mg/dL.

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• Hemoglobina glicada entre 5,7% e 6,4%.

• Há ainda nova proposta para TOTG de 1 hora com valores entre 155 e 208 mg/dL para caracterizar prédiabetes (embora ainda não universal).

Esses limiares não são “menos graves” , mas estão dentro do espectro em que já ocorrem alterações metabólicas significativas e risco elevado para progressão.

O rótulo “pré-diabetes” pode sugerir que estamos apenas “quase lá” — mas a verdade é que essa condição já aumenta o risco de morte, de infarto do miocárdio, doenças cardiovasculares, complicações renais, oculares e neuropáticas.

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Estudos reforçam que a modificação de estilo de vida é a intervenção de base — e que, em alguns casos, tratamentos medicamentosos podem e devem ser considerados, especialmente quando há obesidade ou outros fatores de risco presentes.

Para atuar na prevenção de forma eficaz, três pilares se destacam:

1. Mudança de estilo de vida: alimentação mais saudável (menos alimentos ultraprocessados, bebidas açucaradas, mais fibras, frutas, legumes), atividade física regular — o guia da ADA recomenda isso para toda pessoa com prédiabetes ou diabetes.

2. Tratamento da obesidade, quando existente: a redução de peso favorece a sensibilidade à insulina, melhora do metabolismo e menor progressão. Hoje há opções farmacológicas para obesidade, que acabam por impactar positivamente o risco glicêmico e cardiovascular.

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3. Terapias medicamentosas, em casos selecionados: embora o foco inicial seja a mudança de estilo de vida, a literatura reconhece que medicamentos podem ser úteis em quem tem prédiabetes e obesidade ou outros fatores de risco elevados. Isso está descrito em revisões científicas recentes

No Brasil, com milhões de adultos nessa situação, a prioridade não é apenas retardar o diabetes — é controlar o risco cardiovascular. Essa é a grande meta: prevenir infartos, doenças renais, retinopatias e neuropatias. A combinação de estilo de vida saudável, tratamento da obesidade eintervençõesmedicamentosas quando indicadas colocam em movimento essa prevenção.

Neste 14 de novembro, o Dia Mundial do Diabetes, o convite é claro: converse com seu médico sobre fazer alguns dos exames como glicemia de jejum ou hemoglobnina glicada ou teste oral de tolerância à glicose.

Não espere os sintomas: o pré-diabetes é silencioso — mas seus efeitos não são. Diagnosticar cedo abre a porta para mudar o curso da doença e a qualidade de vida.

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* Carlos Eduardo Barra Couri é endocrinologista, pesquisador da USP de Ribeirão Preto e coordenador e curador do Endodebate 

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