“Ser uma mulher pública no Brasil é ser ameaçada permanentemente. É escolher um lugar para o medo, outro para a coragem, outro lugar pro fingir ignorar. É conviver com a ameaça de estupro como correção pela coragem, com a ameaça de morte como silenciador. É ouvir de muitos que não aguentariam nem metade que ‘tá tudo bem’, que ‘é assim mesmo’. Como se fosse o preço a pagar por estar num lugar que não é o nosso, que não é pra nós.”
(Manuela D’Ávila, ex-deputada federal pelo PCdoB do Rio Grande do Sul, sobre as ameaças que ela, a mãe e a filha menor de idade têm recebido.)