Saúde e Educação ruins atraem interesse em mobilização para protestos
Pesquisa mostra que mulheres (31%) superam homens (22%) na disposição de sair de casa para protestar contra as desigualdades no acesso à Saúde e Educação

Oito em cada dez brasileiros acham que a democracia pode ter problemas, mas é o melhor sistema de governo. É pouco menor (77%) a proporção dos que acreditam ser possível resolver todos os problemas no regime democrático. Mais reduzido, porém ainda majoritário (58%), é contigente dos que apostam na democracia como ambiente político mais favorável à resolução de problemas políticos endêmicos, como corrupção.
É o que mostra pesquisa do instituto Ipespe, com três mil eleitores entrevistados entre os dias 30 de novembro e 5 de dezembro, para a Advocacia Geral da União (AGU) e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Mais de dois terços (67%) gostam de viver num regime democrático. No entanto, minoria insatisfeita (27%) julga ser “preferível” um governo autoritário em algumas circunstâncias ou considera que, simplesmente, “não faz diferença”.
Entre esses, observa-se notável homogeneidade, independente de opções partidárias ou ideológicas. Dos eleitores autodeclarados alinhados com a esquerda, centro e direita, uma fatia (14%) se diz insatisfeita com a democracia brasileira, e admite um “governo autoritário. Para o restante (17%) “não faz diferença”.

No conjunto, a maioria (51%) do eleitorado identifica na Saúde e na Educação as áreas de maior desigualdade social que deveriam merecer atenção prioritária de um governo democrático.

Essa visão crítica sobre as deficiências sanitárias e educacionais evidencia significativo potencial de mobilização social. A pesquisa mostra que mulheres (31%) superam homens (22%) na autodeclarada disposição de sair de casa para protestar contra as desigualdades no acesso à Saúde e Educação