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Queiroga, o ministro que virou suco no apagão da Saúde

Ele escolheu fazer política na Saúde. Batalha por uma vaga na lista de candidatos de Bolsonaro

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 dez 2021, 15h36 - Publicado em 18 dez 2021, 09h00

O Ministério da Saúde apagou. Deixou de funcionar há uma semana quando, supostamente, sua rede eletrônica foi invadida.

O que realmente aconteceu, não se sabe, não são divulgadas informações precisas.

Única evidência disponível é a de que, a despeito da origem do apagão, o estrago foi grande. Suficiente para impedir o acesso de funcionários à rede, atrapalhar as análises sobre a evolução da pandemia e a disponibilidade de leitos hospitalares, entre outros aspectos relevantes da emergência sanitária.

Nesse apagão da Saúde ficou exposta a irrelevância do ministro Marcelo Queiroga, que na véspera do Natal completará nove meses no posto, sucedendo o desastroso antecessor, general Eduardo Pazuello.

Queiroga escolheu fazer política na Saúde. Batalha por uma vaga na lista de candidatos de Bolsonaro.

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Desde setembro, por exemplo, tem sido alertado por servidores e especialistas sobre a necessidade de um plano nacional para vacionação de crianças contra a Covid-19 antes da volta às aulas em 2022. Alegou necessidade de aval da Anvisa, a autoridade sanitária. A agência fez o seu trabalho técnico e recomendou a vacinação.

Diante de mais uma reação negacionista de Bolsonaro, agora o ministro Queiroga diz que a opinião da Anvisa é uma, mas só vale a do ministério.

Ontem, anunciou a pretensão de “discutir” o assunto “com a sociedade”. Horas depois, recebeu intimação do Supremo Tribunal Federal para apresentar em 48 horas uma atualização do Programa Nacional de Imunização com foco na vacinação de crianças de 5 a 11 anos, antes do retorno às aulas.

Queiroga superou Pazuello: o ministro virou suco no apagão da Saúde.

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