“A força que me mantém [no Ministério da Economia] é um enorme senso de compromisso e de responsabilidade com 200 milhões de brasileiros, que eu sei que pude ajudar e que estou ajudando em uma base diária. Para isso, estou tendo de ignorar e resistir a tudo. Meu maior ativo não foi a resiliência, porque isso vocês podem dizer que a Dilma, que é cabeça dura para caramba, tem. Meu maior ativo é sempre dar passos para frente na hora que abre a janela. Pelo menos, eu mostrei o que tem de ser feito, conduzi a minha tropa e muito foi realizado (…) Na pandemia, eu era o cara certo, na hora certa, no lugar certo, na dimensão que todo mundo esperava menos, que era a dimensão humana. Eu sou o cara que desenhou o auxílio emergencial e o benefício emergencial, para 68 milhões de pessoas, que deu desconto no Fies [Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior]. O Congresso nos ajudou muito, mas sei quem desenhou cada um desses programas. Agora, o que fizeram com a minha biografia? A minha biografia foi aniquilada. Não tenho nada a perder. Disseram que eu não faço nada, que não entrego nada, que prometo e não faço. Então, de um lado está a minha biografia, que já foi atacada de forma injusta, e de outro o meu compromisso com 200 milhões de pessoas. Eu não estou preocupado em sair bem no filme.”
(Paulo Guedes, ministro da Economia, aos repórteres Adriana Fernandes e José Fucs, do Estadão.)