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O mau humor dos eleitores com os candidatos, o governo e o Congresso

É a eleição da crítica ao governo, ao Congresso e aos candidatos a presidente, todos com longa estabilidade nos altos níveis de rejeição

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 Maio 2022, 08h00

É a eleição da crítica ao governo, ao Congresso e aos candidatos a presidente, indicam as pesquisas.

Exemplo: há um ano seis em cada dez eleitores mantêm em nível recorde a rejeição ao governo Jair Bolsonaro.

A mais recente reafirmação está na sondagem do instituto Ipespe divulgada ontem.

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Em abril do ano passado 60% dos entrevistados desaprovavam a maneira como Bolsonaro administra o país.

Agora são 62%, apurou o Ipespe entre segunda e a quarta-feira passadas.

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A avaliação do eleitorado sobre o desempenho do Congresso só piorou nos últimos quinze meses.

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(./VEJA)

Em janeiro do ano passado, 40% julgavam “ruim” ou “péssimo”o trabalho dos deputados federais e senadores. O contingente de críticos cresceu, para 51%, no início desta semana.

Na disputa presidencial, que se anuncia apertada e virulenta, é notável a longa estabilidade da taxa de rejeição aos candidatos mais destacados.

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Lula, do PT, lidera (com 44%) nas intenções de voto, mas é rejeitado na mesma proporção.

Quatro em cada dez eleitores declaram que não votariam nele “de jeito nenhum”. E isso acontece há cerca de nove meses.

Bolsonaro, candidato à reeleição pelo Partido Liberal, se mantém em segundo lugar (com 31%) na preferência de voto.

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Continua, também, isolado na liderança do ranking de repúdio eleitoral – com 60% de rejeição.

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Ciro Gomes, do PDT, e João Doria, do PSDB, vêm na sequência compondo um quadro intrigante.

O candidato do PDT, informa o Ipespe, acaba de completar dois anos de plena estabilidade nas intenções de voto (na faixa de 9%).

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Ciro Gomes está em terceiro lugar, 22 pontos percentuais abaixo de Bolsonaro e a 35 pontos de distância de Lula.

Apresenta elevada (43%), porém a menor taxa de rejeição entre os quatro primeiros colocados.

João Doria, também, há dois anos permanece no mesmo patamar de intenções de votos (na faixa de 3%). Mas possui a segunda maior rejeição eleitoral (55%), cinco pontos abaixo do recordista Bolsonaro e 12 pontos acima de Lula.

Faltam cinco meses para a votação. É o tempo que resta para candidatos à presidência e ao Congresso seduzirem o eleitorado, revertendo o risco desse estuário de mau humor extravasar nas urnas em outubro.

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