Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Imagem Blog

José Casado

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Informação e análise
Continua após publicidade

O avanço das mulheres na disputa presidencial

Com 36% das candidaturas ao Palácio do Planalto, número inédito, elas devem levar a desigualdade de gênero ao centro do debate eleitoral

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 ago 2022, 00h20 - Publicado em 7 ago 2022, 00h19

As mulheres avançam na política: oito candidatas à presidência e à vice estavam definidas no encerramento do ciclo de convenções partidárias, na noite de sexta-feira.

É recorde nos últimos cem anos, desde que as ativistas Maria Lacerda de Moura, professora, e Bertha Lutz, bióloga, iniciaram em São Paulo um movimento feminista pela igualdade de direitos.

Quatro candidatas venceram todos os obstáculos dentro dos respectivos partidos: Simone Tebet (MDB), Soraya Thonickle (União Brasil), Sofia Manzano (PCB) e Vera Lúcia (PSTU).

Duas delas, Simone Tebet e Soraya Thonickle, são senadoras pelo Mato Grosso do Sul, que abriga apenas 1,4% do eleitorado nacional. Ambas se destacaram numa arena parlamentar, a CPI da Pandemia, onde as mulheres entraram sem direito a voz e voto, por decisão dos próprios partidos, rebelaram-se e impuseram à comissão parlamentar de inquérito a novidade da força de uma “bancada feminina”, experiência logo reproduzida em outras comissões legislativas.

Na composição das chapas presidenciais, quatro mulheres foram escolhidas para vice-presidência: Mara Gabrilli (PSDB), Ana Paula Matos (PDT), Samara Martins (União Popular) e Raquel Tremembé (PSTU). Haveria outra, Fátima Pérola Neggra, não fosse a incerteza absoluta derivada da confusão judicial em que se meteu o PROS, seu partido.

Continua após a publicidade

É expressivo o aumento da participação feminina na disputa pelo Palácio do Planalto. Se nada mudar até a segunda-feira, dia 15, quando acaba o prazo para registro definitivo dos nomes, elas devem compor 36% das opções nas urnas para a presidência da República.

Ainda assim, a representação política de gênero continua defasada: mulheres são maioria (53%) no eleitorado — somam 82,3 milhões dos votos disponíveis contra 74 milhões dos homens.

Aspecto curioso é que nesse contingente de eleitoras aptas a votar em outubro estão 87,4 mil com 100 anos de idade ou mais, segundo o censo do último 19 de julho do Tribunal Superior Eleitoral.

No país que já teve uma presidente, Dilma Rousseff, apeada do poder por impeachment, essa ampliação do número de mulheres na corrida presidencial sinaliza mudançarelevante  na pauta dos debates eleitorais, a partir da próxima semana. A desigualdade de gênero tende a permear a discussão dos problemas nacionais — objetivo das pioneiras Maria Lacerda de Moura e Bertha Lutz na mobilização feminista de cem anos atrás.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.