“A ANS [Agência Nacional de Saúde Suplementar, responsável por regular, normatizar e fiscalizar o setor de assistência privada à saúde] é uma vergonha da pátria. Nosso grupo de pesquisa não foi a favor da sua criação, porque agência reguladora é para entes que eram públicos e foram privatizados, o que não é o caso das empresas de saúde — elas sempre foram privadas. Achamos que a regulação do mercado deveria ser realizada pelo Ministério da Saúde. A ANS é um mega-órgão público que funciona como a ‘empresa’ das empresas [de planos de saúde], porque atua para beneficiá-las. Isso é o oposto do que deveria ser, pois o mercado deveria ser regulamentado para favorecer a saúde [da população], não para prejudicá-la.”
(Ligia Bahia, coordenadora do grupo de pesquisa sobre empresas do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a Nayara Felizardo, The Intercept.)