“O mais provável é [Jair Bolsonaro] desistir da candidatura sem decepcionar seu time por ficar fora do segundo turno. E desenhará uma desculpa para seus aficionados, do tipo: “Assim não dá para governar”. Ele já vem repetindo esse discurso. Sem Bolsonaro, Lula perderá o sparring preferencial e começará a perder musculatura. O quanto perderá depende da qualidade política das alternativas e dos discursos propositivos oferecidos. Não seria surpresa se a eleição de 2022 ocorresse em torno de outros dois nomes excluindo Lula e Bolsonaro. Em junho de 1994, Lula estava eleito. O Plano Real em julho desmanchou seu favoritismo. Fernando Collor só surgiu na pesquisa para valer também em junho. Ambos casos no ano da eleição. Falta muito ainda. “
(Cesar Maia, ex-prefeito e ex-presidente do DEM do Rio, vereador em terceiro mandato e analista de pesquisas eleitorais, ontem ao repórter Thiago Prado, do Globo.)