Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Imagem Blog

José Casado

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Informação e análise
Continua após publicidade

Bolsonaro e Centrão partem para o ataque contra Lula e o PT

Prepara-se uma ofensiva contra Lula, líder nas pesquisas, com estímulo ao antipetismo, combinada a ações para turbinar a candidatura à reeleição

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 jan 2022, 08h39 - Publicado em 18 jan 2022, 08h00

Depois de receber o controle absoluto da execução do Orçamento da União, o Centrão assume o comando da campanha da reeleição de Jair Bolsonaro.

Entre as primeiras decisões se destacam: uma ofensiva contra o adversário Lula, líder nas pesquisas, com estímulo ao antipetismo; e, a negociação com Bolsonaro para indicação do candidato a vice-presidente.

Ciro Nogueira, chefe da Casa Civil e presidente licenciado do Partido Progressistas (PP), deverá atuar como chefe de campanha dentro do Palácio do Planalto.

Ele ganhou o aval dos demais integrantes da cúpula do PP e de Valdemar Costa Neto, dono do Partido Liberal. Costa Neto abrigou Bolsonaro no PL para a disputa presidencial, com direito a financiamento e à escolha de alguns candidatos na sua base eleitoral, o Rio, e em São Paulo.

No curto prazo haverá um esforço concentrado para turbinar a candidatura de Bolsonaro nas pesquisas eleitorais.

Ele tem oscilado em torno de 25% das intenções de voto, com propensão ao declínio. Considera-se possível não apenas reverter essa tendência como, até abril, superar o atual patamar de preferência.

O plano prevê movimentos imediatos e coordenados em duas direções.

Continua após a publicidade

Uma é a intensificação de ações de governo em colégios eleitorais considerados relevantes. Seria acompanhada de uma “suavização” da retórica de Bolsonaro sobre temas como a vacinação contra a Covid-19 — na campanha antivacina, ele e o governo acabaram atropelados pela sociedade.

Outra é o estímulo à rejeição a Lula e ao PT.

As pesquisas mostram Bolsonaro na liderança isolada no repúdio, com seis de cada dez eleitores declarando que não votaria nele “de jeito nenhum”. É o dobro da taxa rejeição que possuía (30%) no início da campanha eleitoral de 2018.

Na época, quatro em cada dez consultados nas pesquisas diziam que não votariam em Lula — e nem poderiam, ele já estava impedido pela Lei da Ficha Limpa, porque havia sido condenado pela segunda vez por corrupção seis meses antes. Lula continua com o mesmo nível (40%) de rejeição neste início de temporada eleitoral.

Os líderes do Centrão sugeriram a Bolsonaro agir para reforçar o antipetismo no eleitorado, com foco no histórico atribulado dos governos Lula e Dilma.

Pretendem recordar episódios de corrupção nas administrações petistas. E as sequelas econômicas que levaram à recessão de 2015 e 2016. Nesse período, o Produto Interno Bruto (PIB) despencou 8%. Dilma acabou apeada do poder num impeachment por fraudes fiscais.  

Continua após a publicidade
Homer Simpson:
Homer Simpson: “A culpa é minha, e eu coloco ela em quem eu quiser!” — (//Reprodução)

Como todo plano, o problema é a vida real. Nesse caso, o imponderável é fator intrínseco e tem farta descrição no noticiário dos últimos 36 meses: Jair Bolsonaro.

Aspecto relevante, também, é o paradoxo do Centrão, cujos líderes atravessaram 13 anos aliados a Lula e a Dilma — com ela, até à véspera do impeachment.

O PL foi protagonista do Mensalão do PT e seu dono, Costa Neto, acabou na cadeia. Já o PP de Ciro Nogueira e de Arthur Lira, presidente da Câmara, foi o campeão de políticos, com e sem mandato, investigados nos casos de corrupção nos governos petistas.

Não se sabe como o Centrão e Bolsonaro pretendem lidar com essas questões. Caso sigam o manual da metamorfose política, podem jogar a culpa no PT, replicando Homer Simpson, personagem do cartunista Matt Groening, quando gritava: “A culpa é minha, e eu coloco ela em quem eu quiser!”

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.