Brasil gasta mais em política do que em saneamento básico
São 35 milhões sem acesso à água potável e 100 milhões que não possuem acesso à coleta de esgoto
São 35 milhões sem acesso à água potável e 100 milhões que não possuem acesso à coleta de esgoto.
Em capitais como Porto Velho, Belém, Macapá e muncípios da Baixada Fluminense (Caxias, Belford Roxo, São João de Meriti) a coleta é rarefeita e, praticamente, não existe tratamento de esgoto.
Na média nacional só é tratado pouco mais da metade (51,2%) do volume de detritos captado.
O Instituto Trata Brasil mapeou as 20 cidades brasileiras que mais ampliaram os sistemas de água e esgoto tratado. Juntas, elas investiram cinco bilhões de reais por ano — muitas em parcerias de prefeituras com empresas privadas.
Nos últimos sete anos, o governo federal investiu 5,8 bilhões de reais em projetos de saneamento básico. Na média, foram 833 milhões por ano, com declínio de 20% em 2022.
Na temporada eleitoral do ano passado, o país gastou 6 bilhões no financiamento público de partidos políticos e candidaturas ao Executivo e Legislativo.
Os dados são eloquentes: em Brasília, prefere-se gastar dinheiro público em política eleitoral do que investir em saneamento básico.