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No Rio, Bolsonaro e Lula disputam apoio do condenado Garotinho

Ele tenta voltar ao governo estadual, mas sua candidatura é duvidosa: depende de revisão da sentença que o deixou inelegível até 2029

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 jan 2022, 15h12 - Publicado em 31 jan 2022, 08h00

A cena eleitoral do Rio pode mudar depois do encontro de Jair Bolsonaro e o ex-governador Anthony Garotinho, previsto para hoje em Campos.

Garotinho tem feito uma campanha típica de deputado federal. É provável que saia da conversa como pré-candidato ao governo do Rio pelo futuro União Brasil (fusão do PSL com o DEM), embora  persistam dúvidas sobre a viabilidade jurídica da sua candidatura: ele foi condenado por corrupção eleitoral e está inelegível até 2029.

O ex-governador do Rio (1999-2002) está no alvo dos principais adversários na disputa presidencial, Bolsonaro e Lula.  Tem densidade eleitoral, e, por isso, pode influir no rumo do jogo fluminense.

Garotinho disputou a presidência em 2002 com Lula. Ficou em terceiro lugar, com 15 milhões de votos, mas elegeu a mulher, Rosinha, como sucessora no governo estadual.

Mais tarde, em 2010, obteve votação recorde como deputado federal (694, mil votos, 8,69% do Estado). Quando tentou voltar ao governo do Estado, em 2014, perdeu para Luiz Fernando Pezão, vice de Sergio Cabral, atualmente único político preso na esteira da Operação Lava Jato.

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Insistiu em 2018, mas acabou atropelado pela Justiça. Ficou inelegível depois de duas prisões e uma condenação a 13 anos e 9 meses de prisão. Na época, mesmo com a candidatura impedida, recebeu nas urnas mais de 84 mil votos, anulados, o suficiente para garantir sua eleição como deputado federal. Sua candidatura é duvidosa, porque depende da revisão da sentença no Tribunal Superior Eleitoral.

A primeira vítima de um acordo Garotinho-Bolsonaro seria o governador Claudio Castro,  o vice que substituiu Wilson Witzel, derrubado por impeachment no ano passado, e está na batalha pela reeleição.

Ex-vereador carioca, Castro chegou ao poder como referência do ativismo católico no Rio. Integra o movimento Renovação Carismática, direcionado para conter a migração de adeptos do catolicismo ao pentecostalismo protestante.

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O interesse de Bolsonaro no Rio, sua base eleitoral, é unificar a base evangélica em torno da sua candidatura à reeleição na presidência.

Garotinho é reconhecido expoente desse ativismo protestante e atua na confluência de interesses dos principais grupos envolvidos na disputa eleitoral fluminense: o de Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, que domina o União Brasil; o de Edir Macedo, da Universal do Reino de Deus, do Republicanos; e, o de Samuel Ferreira, da Assembleia de Deus/Madureira, que controla a fração local do PSD.

Garotinho atravessou os últimos seis anos preparando seu retorno à disputa nas urnas e cuidando das campanhas bem-sucedidas dos filhos. Um deles, Wladimir, é o prefeito de Campos.

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Semana passada, ele recebeu a confirmação da visita de Bolsonaro. No dia seguinte foi surpreendido por um telefonema de Lula, que se reunia em São Paulo com dirigentes do Partido dos Trabalhadores no Rio.

A conversa foi curta e objetiva. Lula perguntou se poderia visitar o clã Garotinho. Combinaram acertar a data. “Certamente, ele soube que íamos receber Bolsonaro”, disse o prefeito ao repórter Ricardo Bruno, do site Agenda do Poder.

Hoje, Bolsonaro desembarca em Campos com um pacote de promessas de obras de infraestrutura (gás industrial, porto e ferrovia) para o Norte fluminense. Em 2018, ele arrematou 65% dos votos disponíveis na região. Com a ajuda de Garotinho.

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