“[No início desta semana] antes de partir da Ásia, recebi um telefonema do primeiro-ministro da Suécia e do presidente da Finlândia. [Queriam saber se] poderiam vir me ver. Eles vieram me perguntar se eu os apoiaria na adesão à Otan. As ações tomadas [na Ucrânia] por [Vladimir] Putin foram uma tentativa de ‘finlandizar’ toda a Europa, de tornar tudo neutro. Em vez disso, ele ‘otanizou’ toda a Europa. E tudo isso é ilustrativo de uma política externa construída em torno do poder de trabalhar em conjunto com aliados e parceiros para ampliar nossa força, resolver problemas, projetar nosso poder e preservar a estabilidade em um cenário incerto (…) O ataque brutal de Putin à Ucrânia estimulou uma resposta verdadeiramente global. Não apenas da Europa, mas do Japão, Coreia, Singapura, Nova Zelândia e muito mais – permanecendo conosco para impor sanções à Rússia. Austrália, enviando ajuda militar. Alemanha, pela primeira vez, aumentando significativamente seu orçamento. Fiji, auxiliando o FBI na apreensão do iate de um oligarca. Estamos vendo o mundo se alinhar não em termos de geografia – Leste e Oeste, Pacífico e Atlântico – mas em termos de valores. Estamos vivendo uma luta global entre autocracias e democracias. E vou contar: eu encontrei mais com [o presidente da China] Xi Jinping do que qualquer outro líder mundial. Quando ele me ligou para me parabenizar na noite da eleição [em novembro de 2020], ele me disse o que já dissera muitas vezes antes. Ele falou:
— As democracias não podem ser sustentadas no século XXI. As autocracias governarão o mundo.
— E por quê?
— As coisas estão mudando tão rapidamente. As democracias exigem um consenso, e isso leva tempo, e você não tem tempo.
Ele está errado.”
(Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, ontem, em discurso a formandos da Academia Naval.)