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Giro pelo Oriente

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O que está rolando na Ásia

Crime em condomínio de luxo choca a Coreia do Sul

Pai mata filho com arma caseira durante evento familiar

Por Ana Cláudia Guimarães
21 jul 2025, 11h09

Um crime brutal abalou a Coreia do Sul, país conhecido por sua segurança, neste fim de semana. Na noite de domingo, por volta das 21h30, a polícia de Incheon foi acionada após uma denúncia de que um homem havia atirado no próprio filho dentro de um condomínio de alto padrão em Songdo International City, um sofisticado bairro à beira-mar da cidade. A chamada partiu da esposa da vítima, que relatou às autoridades que o disparo foi feito pelo próprio sogro.

Segundo a Delegacia de Polícia de Incheon Yeonsu, a vítima era um homem de 33 anos, que foi levado ainda com vida para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. A mãe da vítima foi identificada como uma alta executiva de uma empresa do setor de cosméticos.

O autor dos disparos seria um homem de 63 anos, identificado apenas como pai da vítima. Segundo a polícia, ele usou uma espingarda artesanal carregada com munição caseira recheada de chumbinhos metálicos, disparando duas vezes contra o próprio filho. O crime ocorreu durante uma reunião familiar organizada para celebrar o aniversário do suspeito. No momento do ataque, estavam presentes a esposa da vítima, seus dois filhos pequenos e outros convidados.

Logo após os disparos, o suspeito fugiu de carro, dando início a uma intensa caçada policial. Três horas depois, ele foi localizado e preso no distrito de Seocho, em Seul. Ao ser interrogado, o homem afirmou ter aprendido a montar a arma artesanal assistindo a vídeos no YouTube e disse que havia conseguido a munição com um conhecido. Ele mencionou ainda que desavenças familiares antigas teriam motivado o ataque.

Durante o interrogatório, o suspeito revelou ainda ter instalado um explosivo caseiro em seu apartamento, localizado em Dobong-gu, na zona norte de Seul. A declaração acionou um novo protocolo de emergência: a Agência da Polícia Metropolitana evacuou imediatamente os 105 moradores do edifício, enquanto o esquadrão antibombas vasculhava o local. Após uma varredura, agentes localizaram e desativaram, com segurança, um artefato explosivo improvisado, montado com aceleradores e um temporizador. Segundo as autoridades, o imóvel está registrado em nome da esposa do suspeito.

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As autoridades encontraram ainda nove canos de arma de fogo dentro do carro do suspeito, além de tubos metálicos na residência dele, indicando que ele estaria fabricando múltiplas armas caseiras. Ao todo, foram apreendidos 15 artefatos, entre armas improvisadas e dispositivos explosivos, tanto no veículo quanto no apartamento. A descoberta levantou preocupações sobre a possibilidade de um plano mais amplo e premeditado.

Imagens divulgadas nas redes sociais mostraram viaturas táticas e ambulâncias posicionadas em frente ao luxuoso condomínio em Songdo, alimentando rumores nas primeiras horas de que se tratava de um tiroteio em massa. Diante da repercussão, as autoridades vieram a público para esclarecer: apenas uma pessoa foi atingida e não houve outros feridos.

Casos de violência armada são praticamente inexistentes na Coreia do Sul, um país conhecido por suas rígidas leis de controle de armas. Por isso, o episódio causou ainda mais surpresa. Segundo a polícia, o autor utilizou um artefato rudimentar, semelhante a um tubo de metal adaptado para funcionar como arma de fogo e sem qualquer origem comercial.

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Diante da gravidade do caso, equipes de investigação trabalham em conjunto com o Serviço Forense Nacional para analisar a arma e os materiais explosivos encontrados, na tentativa de entender sua fabricação, procedência e possível acesso a componentes ilegais.

“Não confirmamos se o suspeito fabricou todos os componentes sozinho ou adquiriu alguns deles de terceiros”, disse um policial aos jornais. “Estamos investigando a origem da arma e dos explosivos, bem como a motivação completa do crime.”

O suspeito continua preso e está sendo investigado por assassinato e múltiplas violações das leis de armas de fogo e explosivos da Coreia do Sul.

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