O recorde entediante batido por Adrien Brody no Oscar

Homem mais jovem a vencer o Oscar de melhor ator, por O Pianista, em 2003, Adrien Brody bateu um recorde inusitado e entediante ao subir no palco da cerimônia no último domingo, 2, para receber a sua segunda estatueta na categoria, desta vez por O Brutalista: o de discurso mais longo já feito na história da premiação, com 5 minutos e 40 segundo.

Via de regra, cada premiado tem 45 segundos para fazer os seus agradecimentos. Nem todo mundo, no entanto, respeita a programação, e muitos artistas são interrompidos ou apressados, como aconteceu com Walter Salles. Brody, no entanto, ouviu a música que é colocada para cortar as falas alongadas e pediu para que desligassem o som, garantindo que seria breve — mas seguiu falando sem parar, ultrapassando os 5 minutos e 30 segundos da fala de Greer Garson ao vencer pelo filme Rosa da Esperança, em 1943, até então a mais longa da premiação.

Aos 51 anos, Brody conquistou sua segunda estatueta de melhor ator pela interpretação do arquiteto húngaro-judeu László Tóth. Apesar de longo, seu discurso tocou em pontos importantes, como o antissemitismo e o racismo, que permeiam toda a trama do filme — assunstos também destacados por ele em entrevista recente a VEJA. “Estou aqui, mais uma vez, para representar os traumas persistentes, as repercussões da guerra, da opressão sistêmica, do antissemitismo, do racismo e da exclusão. Oro por um mundo mais saudável, feliz e inclusivo”, proclamou no palco do Oscar.

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