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Cultura

O marco inédito (e milionário) de Ainda Estou Aqui nas bilheterias dos EUA

Indicado a três categorias do Oscar, filme estrelado por Fernanda Torres tem atraído cada vez mais americanos para as salas de cinema

Por Thiago Gelli SEGUIR SEGUINDO 3 fev 2025, 13h43

TRAGÉDIA FAMILIAR - Ainda Estou Aqui: o impacto cruel da repressão em um lar amoroso — Filme "Ainda Estou Aqui" foi indicado a três categorias do Oscar 2025 (Alile Dara Onawale/Divulgação)

Ainda Estou Aqui continua a ser um enorme sucesso no Brasil desde sua estreia em 7 de novembro — e o êxito agora é refletido em outros mercados. Após ser indicado a três categorias do Oscar, incluindo melhor filme, o drama de Walter Salles atravessou a marca de 1 milhão de dólares coletados nos Estados Unidos, marco jamais atingido por qualquer outra produção brasileira. Além da terra do Tio Sam, o filme já movimentou 1,13 milhões de dólares na França e 712.000 em Portugal.

Ainda Estou Aqui chegou aos cinemas americanos em 17 de janeiro e tem expandido seu alcance desde então. Em seu primeiro final de semana, o filme foi exibido em meras cinco salas e se tornou a estreia de maior arrecadação por cinema, contabilizando 22.000 dólares por local. O marco milionário conta com uma pequena expansão no mercado exibidor: atualmente o filme é exibido em 17 salas nos Estados Unidos. A partir de sexta-feira, 7, a trama sobre a família Paiva passa a ser exibida em mais de 500 salas por lá, outro recorde para o cinema brasileiro.

No Brasil, o filme já arrecadou 91,13 milhões de reais e voltou a liderar as bilheterias após ser indicado ao Oscar. Mais de 4,16 milhões de cadeiras já foram preenchidas pela história real de Eunice Paiva, matriarca que tem que comandar e tranquilizar sua família após o sequestro e assassinato de Rubens Paiva por oficiais da Ditadura Militar. Por sua atuação sutil e contundente, Fernanda Torres também concorre à estatueta de melhor atriz, 26 anos após sua mãe, Fernanda Montenegro, abrir as portas para atrizes brasileiras na premiação. A maior esperança do filme, contudo, reside na categoria de melhor filme internacional, que disputa com o francês Emilia Pérez — em crise após o ressurgimento de falas preconceituosas da atriz Karla Sofía Gascón. A cerimônia ocorre em 2 de março.