O filme felino que desbancou ‘Divertida Mente 2’ no Globo de Ouro
'Flow' se tornou o primeiro filme da Letônia a ganhar o prêmio, na categoria de animação; confira trailer e data de estreia no Brasil

Na noite de domingo, 5 de janeiro, outro talento internacional subiu ao palco do Globo de Ouro surpreso com a própria vitória: o cineasta Gints Zilbadonis, da Letônia, que venceu o troféu de melhor filme de animação com a modesta história de um gato errante, Flow. Com sua criação, o expoente do Leste Europeu desbancou Divertida Mente 2 — que foi a maior bilheteria mundial de 2024 —, Moana 2, Wallace & Gromit: A Vingança das Aves, Robô Selvagem e Memórias de um Caracol. Nesta quarta-feira, 8, a distribuidora Mares Filmes divulgou o primeiro trailer brasileiro do longa, que chega às salas nacionais em 30 de janeiro.
Na trama, um gato solitário tem seu lar destruído por uma grande inundação e é resgatado por uma pequena embarcação administrada por um grupo diverso de animais. O barco à la Arca de Noé então navega por paisagens tão deslumbrantes quanto desafiadoras, forçando os marinheiros a superarem suas diferenças.
Apesar da origem, o longa-metragem não impõe barragem linguística aos espectadores: ao longo dos 85 minutos, nenhum animal falante é visto. As criaturas apenas se comunicam por meio dos sons que fariam no mundo real, de miados a latidos. Já o visual único do longa foi atingido pelo uso da ferramenta Blender, um programa de livre acesso para designs tridimensionais. Ao todo, o orçamento chegou a 3,8 milhões de dólares, cerca de 23 milhões de reais — valor mais de 52 vezes menor que o custo de Divertida Mente 2.
Em seu breve discurso de agradecimento, Zilbadonis agradeceu seus parceiros de produção e distribuição e frisou: “Este filme foi feito por um time muito pequeno e jovem, mas cheio de paixão, em um lugar onde não há uma grande indústria cinematográfica. É a primeira vez que um filme letão chega aqui, então é um marco enorme para nós”. Flow também foi o primeiro trabalho colaborativo do cineasta, que até então havia feito filmes apenas por conta própria. “Assim como o gato da história, tive que aprender a confiar nos outros, a colaborar e a deixar diferenças de lado. Acho que isso é mais importante hoje do que nunca”, declarou antes de encerrar a fala.
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