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O apoio simbólico de Biden e Kamala à greve dos roteiristas

O presidente americano falou sobre a crise em Hollywood, enquanto a vice adiou um evento televisivo em solidariedade aos protestos

Por Gabriela Caputo 10 Maio 2023, 15h05

Após pouco mais de uma semana do início da greve dos roteiristas de TV e cinema dos Estados Unidos, o presidente americano Joe Biden fez seu primeiro pronunciamento sobre a crise. “Espero sinceramente que a greve dos roteiristas em Hollywood seja resolvida, e que os roteiristas recebam o acordo justo que merecem o mais rápido possível”, disse Biden na segunda-feira, 8, durante um evento na Casa Branca que exibiu a série do Disney+ American Born Chinese. Entre os convidados, estavam o elenco e os produtores da série, além de executivos da própria Disney.

“Esta é uma icônica e significativa indústria americana, e precisamos dos roteiristas, de todos os trabalhadores e envolvidos para contar as histórias de nossa nação, as histórias de todos nós”, acrescentou o presidente, sendo aplaudido. Já sua vice Kamala Harris adiou sua participação em um evento de conscientização sobre saúde mental, organizado pela MTV, que aconteceria no próximo dia 18. Segundo uma fonte do jornal Los Angeles Times, a decisão teria sido tomada em solidariedade aos roteiristas — além disso, a participação de Kamala em uma programação realizada por uma emissora de TV poderia ser vista como desrespeitosa aos grevistas. O apoio de Biden e Kamala, ainda que simbólico, é significativo para o movimento. Enquanto isso, políticos de Nova York e da Califórnia já disseram que estariam dispostos a ajudar nas negociações entre os roteiristas e os estúdios.

O estopim da greve, iniciada em 2 de maio, foi o fracasso das negociações entre o sindicato da categoria nos Estados Unidos, o Writers Guild of America, ou WGA (Associação de Escritores da América, em português), e a Alliance of Motion Picture and Television Producers (Aliança dos Produtores de Cinema e de Televisão), que representa os grandes estúdios, emissoras e plataformas de streaming, como a Disney e a Netflix. Cerca de 11.000 profissionais aderiram à paralisação, pedindo por aumento salarial e outras garantias na era da ascensão do streaming.

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