Entenda por que Gal Gadot causa furor quando o tema é Israel

Cinco meses após o fracasso do filme Branca de Neve em bilheterias ao redor do globo, a atriz Gal Gadot acredita saber o motivo para o desempenho tão ruim: “Estava certa de que o filme seria um grande sucesso”, disse, “mas então aconteceu o 7 de outubro e surgiu muita pressão para que celebridades denunciassem Israel”, disse ela ao talk show israelense The A Talks. Nascida na cidade de Petah Tikvah, a atriz prestou o serviço militar obrigatório em seu país e se tornou um de seus símbolos internacionais.

Após a repercussão da fala na internet, Gadot esclareceu sua visão em um story no Instagram, no qual afirmou que seu apoio a Israel não foi o único motivo para o revés do longa, mas parte de múltiplos fatores. “Às vezes somos tomados pelas emoções ao responder perguntas. Quando o filme saiu, senti que aqueles avessos a Israel me criticaram de forma pessoal e quase visceral. Me viram primeiro como israelense, depois como atriz”, completou.

Os laços de Gal Gadot com Israel

Gadot, afinal, é apoiadora assumida do Estado que trava conflito com palestinos e já atuou na defesa de Israel em diversas ocasiões. Após os ataques do Hamas ao país em 7 de outubro de 2023, ela foi uma das 700 celebridades que assinou um abaixo assinado em defesa da nação e protestou publicamente: “Nunca imaginei que nas ruas dos Estados Unidos e em cidades pelo mundo, veríamos pessoas que não condenam o Hamas e ainda celebram, justificam e incentivam o massacre de judeus”. Em entrevista à revista Variety antes de sua cerimônia de indução à Calçada da Fama em março de 2025, ela reforçou seu ponto de vista, disse se chocar com o ódio e se orgulhar de ser israelense de oitava geração, mas encerrou o parecer com uma afirmação conciliatória: “Rezo por dias melhores para todos. Quero que tenham uma boa e próspera vida e que possam criar seus filhos em um ambiente seguro”.

Para além de questionamentos do público, os laços da atriz com Israel se tornaram alvo de atenção por conta do posicionamento de sua colega de elenco, Rachel Zegler, intérprete da princesa. Em agosto de 2024, um dia após a divulgação do primeiro trailer do filme, a protagonista celebrou a marca de 120 milhões de visualizações via X, antigo Twitter, e acrescentou um adendo: “Nunca se esqueçam: Palestina livre”. O protesto causou tumulto nos bastidores e fez com que o produtor Marc Platt viajasse ao encontro da jovem para repreendê-la, mas ela não cedeu e a publicação ainda está no ar. Ao longo da campanha promocional do filme, rumores da desavença entre Zegler e Gadot pairaram sobre cada aparição em público da dupla.

Antes de ser atriz, Gadot foi Miss Israel em 2004 e prestou serviço militar como treinadora de combate das Forças de Defesa de Israel por dois anos. Sua carreira de modelo decolou em 2007, após um ensaio fotográfico da revista Maxim que destacava a beleza de mulheres do exército israelense. Seu primeiro papel de destaque em Hollywood foi na franquia Velozes e Furiosos, mas ela se tornou mundialmente famosa de fato como a Mulher Maravilha do extinto Universo Cinematográfico DC encabeçado por Zack Snyder.

O fracasso aterrador de Branca de Neve

Feito com orçamento que excede a marca dos 260 milhões de dólares, o remake de Branca de Neve arrecadou apenas 205 milhões ao redor do mundo. Para além do envolvimento de Gadot com a guerra em Gaza, sua participação no filme também foi rechaçada pela qualidade da atuação e da cantoria. Outro motivo que afastou o público da produção foi a reputação polêmica de Zegler e inovações como a troca dos sete anões por criaturas mágicas não especificadas — decisão motivada por questionamento do ator com nanismo Peter Dinklage: “Vocês têm orgulho de colocar uma atriz latina no papel principal, mas ainda estão contando a história de Branca de Neve e os Sete Anões”? Após lançado, o filme recebeu críticas negativas em massa e perdeu qualquer esperança de se tornar lucrativo.

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