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Diretor vencedor do Oscar critica carta da Academia sobre colega espancado

O oscarizado Hamdan Ballal foi algemado e espancado por soldados israelenses ao longo da noite entre 24 e 25 de março

Por Thiago Gelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 mar 2025, 17h18 - Publicado em 27 mar 2025, 17h17

Na última segunda-feira, 24 de março, o cineasta palestino vencedor do Oscar Hamdan Ballal foi linchado por um grupo de colonos israelenses e levado por soldados da nação. Depois do incidente brutal, o artista passou uma noite desaparecido sob a tutela militar, na qual ficou algemado a todo momento e foi novamente espancado por membros das forças de defesa do país judaico, até ser solto na manhã de terça-feira, 25. Agora, seu parceiro de trabalho Yuval Abraham, com quem conduziu o premiado Sem Chão, utiliza sua plataforma para questionar e cobrar a Academia do Oscar, que ao seu ver foi pouco incisiva em carta aberta sobre o ocorrido. 

O texto foi divulgado pela instituição na quarta-feira, 26, em resposta à cobrança inicial de Abraham acerca de um pronunciamento. Nele, os executivos Bill Kramer e Janet Yang frisam que é condenável “ferir ou reprimir artistas por seu trabalho ou ponto de vista”, mas evitam se comprometer com qualquer um dos lados do conflito em Gaza ao dizer que a Academia representa “11.000 membros do mundo com muitas perspectivas únicas”. 

Na rede X, antigo Twitter, Abraham republicou a carta da Academia e destacou o trecho que sinalizava as divergências entre membros da academia como. Em seguida, ele comparou o pronunciamento a outro da Instituição sobre a repressão de cineastas no Irã. “Quando o governo iraniano oprime diretores, a Academia toma um atitude dignamente forte”, escreveu. Na ocasião, o artista Jafar Pahani sofria represálias no país, ao que a associação disse: “A prisão domiciliar contínua de Jafar Pahani, entre outros, é uma situação que demanda atenção séria”. A declaração de quarta-feira, por outro lado, sequer citou o nome de Ballal.

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O que aconteceu com Hamdan Ballal?

A prisão do cineasta palestino veio à público na segunda-feira, depois que o colega de direção denunciou o caso nas redes sociais. “Eles o espancaram e ele ficou com ferimentos na cabeça e no estômago, sangrando. Os soldados invadiram a ambulância que ele chamou e o levaram. Nenhum sinal dele desde então”, escreveu.

Um vídeo também compartilhado pelo diretor mostra pessoas mascaradas correndo e uma delas atirando um objeto na câmera. Segundo ele, essas foram as pessoas que sequestraram Ballal. “O grupo de colonos mascarados e armados, semelhantes aos da KKK, que lincharam o diretor de Sem Chão, Hamdan Ballal (ainda desaparecido), flagrado aqui pela câmera”, diz a legenda. 

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Segundo Jihad Nawajaa, chefe do conselho local do vilarejo de Susiya, Ballal estava participando de uma reunião para o Iftar, o fim do jejum diário do Ramadã, na região perto de Hebron quando um grupo de colonos atacou a área. De acordo com uma testemunha, os colonos tentaram roubar ovelhas de fazendeiros palestinos na Cisjordânia ocupada, gerando um conflito. “Dezenas de colonos atacaram a reunião durante o Iftar. Os jovens saíram para impedi-los, e houve cerca de oito feridos do nosso lado”, informou Nawajaa à Reuters. Já as Forças Armadas israelenses informaram que os soldados reagiram e prenderam três palestinos que teriam atirado pedras em veículos de cidadãos israelenses.

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