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Climão no bastidor? Diretor indica se fará sequência de É Assim que Acaba

Ator e diretor do filme baseado no livro de Colleen Hoover, Justin Baldoni falou a VEJA de continuação - em meio a rumores de problemas com Blake Lively

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 ago 2024, 09h00

Filme que lidera as bilheterias brasileiras, É Assim que Acaba, baseado no romance homônimo de Colleen Hoover, tem gerado uma repercussão que vai além das críticas. Estrelado por Blake Lively e Justin Baldoni, que também é o diretor do longa, a adaptação cinematográfica deixou os fãs da história sobre violência doméstica em polvorosa com rumores de que os bastidores de É Assim que Acaba foram tensos, uma vez que o casal protagonista parece viver um climão inexplicável, sem comparecer junto aos eventos promocionais, nem a entrevistas a respeito do trabalho. Em entrevista a VEJA, Baldoni esquivou sobre a polêmica e indicou que ainda não sabe se fará parte de uma possível sequência. Confira a entrevista na íntegra no final deste texto.

Do que fala É Assim que Acaba 

Em É Assim que Acaba, Lily (Blake Lively) enfrenta o luto da morte do pai, que batia em sua mãe, abrindo uma floricultura — usando o dinheiro de sua herança — em Boston. Lá, ela conhece o encantador neurocirurgião (e riquíssimo) Ryle (Justin Baldoni), por quem se apaixona perdidamente por seu charme, doçura e gentileza. O conto de fadas é interrompido quando o médico começa a dar sinais de que é tão tóxico quanto o pai de Lily, e ela acaba buscando refúgio nos braços do antigo amor de adolescência, Atlas (Brandon Sklenar).

Entenda a polêmica de É Assim que Acaba 

Interessado em adaptar o livro de Colleen Hoove, Justin Baldoni, ator conhecido por viver Rafael na série Jane the Virgen, comprou os direitos para transformá-lo em um filme através de sua produtora, Mayferer. Mais tarde, Blake Lively foi escalada para o papel de Lily. Após alguns anos de produção, o filme chegou às telas de cinema na semana passada, mas o público foi surpreendido com a movimentação estranha de Justin e Blake, que não fizeram nenhum evento promocional lado a lado, como pré-estreias, tapetes vermelhos, muito menos entrevistas. Nos eventos em que ambos estiveram presentes, não posaram juntos para nenhuma foto. Um detalhe que chamou atenção dos fãs do livro/filme é que ninguém mais do elenco, nem Colleen Hoover, seguem Justin nas redes sociais.

De acordo com uma entrevista de Blake, seu marido, Ryan Reynolds, deu pitacos no filme, escrevendo algumas cenas. Rumores foram levantados de que a interferência do casal de Hollywood teria incomodado Baldoni, com divergências criativas sobre os rumos da história. Parte do público criticou o fato de que Blake parecia amenizar o tema de violência doméstica da obra e mais preocupada em promover suas marcas próprias de cosméticos.

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Após as críticas focadas em Blake, uma reportagem do Page Six, mencionou no último final de semana que, de acordo com fontes anônimas, Justin teria deixado a atriz desconfortável sobre seu peso no puerpério, após a mesma dar à luz mais um filho de Reynolds, além de acusar o diretor de criar um ambiente tóxico.

A princípio, não se sabe qual dos lados é o verdadeiro — nem se é apenas uma jogada de marketing para promover o filme.

A seguir, confira a entrevista de Justin Baldoni a VEJA:

Como diretor e intérprete de um dos personagens principais de É Assim que Acaba, sentiu dificuldade para assegurar que o público capturasse a toxicidade de Ryle, o marido abusivo da protagonista, Lily (Blake Lively), no filme? Absolutamente. Você não pode assumir esse papel — como ator ou cineasta — sem entender a gravidade da situação em que Lily está, e o dano que o Ryle causa. E ainda assim, para que o filme funcione, e para proteger a personagem da Lily, os traços tóxicos dele tiveram que ser bem escondidos — assim como geralmente acontece na vida real.

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Além do roteiro baseado no livro, no que se apoiou para conduzir a direção e o tom do personagem? O que eu sei, da minha pesquisa, após falar com tantas mulheres que também estiveram na mesma situação que a Lily, falando com parceiros na No More [organização criada por Baldoni que apoia vítimas de violência doméstica], que me aconselharam durante o processo de filmagem, é que, muitas vezes, homens como o Ryle, são amados por todos, mas, secretamente e entre quatro paredes, mostram seus traços tóxicos. E aí quando alguma vítima fala da violência são descreditas, porque pensam: “como essa pessoa maravilhosa poderia fazer algo tão ruim?”. Então, foi importante garantir que não estávamos conduzindo com a toxicidade dele, porque para proteger a Lily tínhamos qu fazer o público acreditar que havia amor ali, ver o que ela vê, que é esse cara charmoso, divertido, doce, sensível, romântico, ele é todas as coisas que uma mulher poderia querer. E aí a realidade entra. Com o filme, o público descobre junto com a Lily o que de fato está acontecendo.

Podemos esperar pela sequência do filme, baseada no segundo livro da série, É Assim que Começa? E que você estará no projeto novamente? Ninguém falou comigo sobre. Mas se tiver algumas ideias para um possível projeto, me conte.

Você também dirigiu os romances teen A Cinco Passos de Você (2019) e Clouds (2020). Como foi conduzir uma história mais madura como É Assim que Acaba? Bom, essa foi a primeira vez que eu dirigi e atuei no filme. E dirigir é muito difícil e complexo. E ao dirigir um filme você tem que lidar com tantas personalidades diferentes, alguns desafios aparecem no set e é tudo sobre descobri um caminho para seguir em frente, trabalhando junto com todo mundo para chegar a um consenso, e criar uma peça de arte inteira e bonita. Eu acredito que foi isso que fizemos aqui e estou muito orgulhoso disso.

Blake Lively e Justin Baldoni em 'É assim que acaba'
Blake Lively e Justin Baldoni em ‘É Assim que Acaba’ (Sony Pictures/Divulgação)

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