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Branca de Neve vira a nova e inesperada vilã contra a natureza

Levantamento britânico mostra que a produção da Disney poluiu mais que longas como 'Velozes e Furiosos'

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 abr 2025, 11h43

Se for listar seus erros e acertos, a Disney deve colocar o filme em live-action de Branca de Neve entre as apostas mais equivocadas de sua história. Para além dos bastidores repletos de polêmicas e do fiasco em bilheteria e crítica, o filme estrelado por Rachel Zegler como a princesa e Gal Gadot no papel da Rainha Má agora se tornou, vejam só, um inimigo da natureza. Segundo reportagem do jornal inglês The Guardian, o filme gerou no Reino Unido uma alta emissão de gases de efeito estufa, entre eles o dióxido de carbono, grandes responsáveis pelas mudanças climáticas e o aquecimento global. A trama da princesa de bom coração e que ama os animais poluiu mais do que o longa de ação repleto de carros Velozes e Furiosos. Ao somar os dados de Branca de Neve e de outro live-action recente da Disney, A Pequena Sereia, a publicação mostrou que as duas princesas poluíram mais do que os aeroportos de Birmingham e de Luton.

Como a emissão de CO2 e mais gases estufa é medida? 

Os dados da reportagem mostram apenas a poluição causada por sets de filmagens no Reino Unido, isso por causa de um acordo governamental que dá uma compensação financeira aos estúdios que gravam por lá, como um incentivo para atrair produtoras e gerar empregos. Nesse acordo, que entrou em vigor em 2019, o estúdio deve, ao fim, apresentar todos os custos do filme e da poluição gerada no país.

A emissão é medida em toneladas de dióxido de carbono e é dividida em três categorias. A primeira, o uso direto de combustíveis e de geradores. A segunda mede a eletricidade consumida pela produção. E a terceira diz respeito aos gases indiretos, gerados por terceiros e prestadores de serviço — etapa que costuma ser mais difícil de fiscalizar. Somando apenas as duas primeiras etapas, Branca de Neve gerou 3.153 tonelada de dióxido de carbono, e A Pequena Sereia somou 5.127 toneladas. Para comparação, os dois filmes juntos dão 8.279,6 toneladas, enquanto o aeroporto de Birmingham ao longo de 2023 fez 7.829. O consenso no meio em Hollywood é que um grande filme que use muitos efeitos especiais, ou seja, que é feito principalmente em estúdios fechados com alto uso de eletricidade e geradores, emite em torno de 2.600 toneladas de CO2.

Nessa conta, estúdios afirmam que estão mudando práticas para diminuir sua pegada de carbono. Entre as novidades está o uso de carros elétricos e voos fretados para a equipe, ao invés do uso indiscriminado de voos comerciais, assim como mudanças nas estruturas do estúdio para consumo de energia renovável.

Por que Branca de Neve é considerado um fiasco? 

Para além das críticas ruins, o filme, feito com 260 milhões de dólares, fora valores para divulgação e de marketing, deve ter um prejuízo de 115 milhões. Até o momento, ele fez apenas 168 milhões em bilheteria global, muito abaixo do valor necessário para se pagar. A qualidade duvidosa da produção é só um dos elementos do fracasso. Controvérsias como o uso de efeitos especiais para criar os sete anões ao invés de contratar atores, a escalação de uma atriz de origem latina pró-Palestina e de uma vilã israelense fizeram com que o filme desagradasse todas as pontas da polarização política, sendo então rechaçado antes mesmo da estreia.

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