A triste derrocada de Amanda Bynes, a estrela teen esquecida por Hollywood
Ex-atriz anunciou conta na plataforma OnlyFans, conhecida por conteúdo pornográfico, 15 anos após se afastar das telas devido a problemas de vício

Ao longo dos anos 2000, uma estrela teen dominava não só a programação do canal Nickelodeon, como a lista de lançamentos humorísticos e joviais que até hoje são reconhecidos como clássicos da Sessão da Tarde, tornando-se universalmente conhecida por aqueles que cresciam na época: Amanda Bynes. Nascida em 1986, a americana de cabelos castanhos exalava carisma e convencia como uma garota comum e identificável ao público, protagonizando assim as comédias românticas Tudo que uma Garota Quer (2003) e Ela é o Cara (2006), mas, no início da década seguinte, seu nome já havia sumido dos cartazes e ido parar nos tabloides, que destacavam suas complicações com dependência química e saúde mental. Em abril de 2025, ela voltou a chamar atenção por mais um passo polêmico: acaba de abrir conta na plataforma OnlyFans, notória pela comercialização de material pornográfico.
O anúncio foi feito por Bynes via Instagram, em story no qual disse que não publicaria conteúdo impróprio na plataforma, mas a utilizaria para “conversar com fãs por meio das mensagens diretas”. O valor da inscrição mensal é de 50 dólares, por volta de 287 reais. Na mesma plataforma, celebridades como Cardi B, Lily Allen, Denise Richards e Tyler Posey compartilham conteúdo sugestivo e, às vezes, explícito. Outra ex-atriz mirim, Bella Thorne, foi uma das primeiras a entrar na plataforma em 2020 e faturou 1 milhão de dólares em 24 horas.
O que aconteceu com Amanda Bynes?
O primeiro contato de Amanda Bynes com a fama ocorreu em 1999, quando ela passou a comandar o programa infantojuvenil O Show da Amanda. A partir daí, a atriz embarcou em uma carreira de sucesso com lançamentos constantes, mas foi acometida por questões de autoimagem e vício. Seu último papel no cinema foi como a vilã cristã de A Mentira (2010). Em entrevista à revista Paper anos depois, Bynes justificou que “não conseguia aguentar” a própria aparência no filme, desdém que a convenceu a parar de atuar.
Antes disso, Bynes já havia desenvolvido dependência em Adderall, nome comercial de anfetamina, que ela acreditava ser indispensável para a manutenção do próprio peso. Enquanto fazia uso do remédio, a atriz manteve o consumo irrestrito de álcool e maconha, o que ela diz ter afetado seu cérebro “de um jeito diferente de como afeta os outros” e mudado sua percepção de mundo “absolutamente”. Durante esse período, ela foi presa duas vezes — uma por atirar um cachimbo de água de sua sacada no 36° andar de um prédio e outra por dirigir embriagada. Em 2013, Bynes foi colocada sob tutela, mesmo processo legal que manteve Britney Spears e sua carreira sob os cuidados do pai.
No argumento a favor da tutela, os pais de Bynes alegaram que a filha mostrava tendências paranoicas, crente de que estava sendo observada e obcecada por procedimentos médicos que a tornaram irreconhecível. Após a implementação da tutela, ela foi diagnosticada com Borderline e passou a cuidar da própria saúde. Em 2022, a tutela foi removida com o apoio dos pais, que concordaram que Bynes já era capaz de administrar a própria vida — desde então, ela não tem se envolvido em situações drásticas como as do passado, mas tampouco demonstrou interesse em voltar a atuar.
Em 2019, Bynes se formou no Instituto de Design e Merchandising de Moda da Califórnia. Em dezembro de 2023, ela começou o podcast Amanda Bynes and Paul Siemenski ao lado de um amigo que fez durante o tratamento psiquiátrico, mas encerrou o programa após o primeiro episódio em meio a acusações de que seu parceiro de trabalho seria um golpista e charlatão. Ela então afirmou que se tornaria manicure. Em março de 2025, ela anunciou estar trabalhando em um roteiro com a amiga Dylan Syrett.
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