O balanço feito pelo QG de Bolsonaro sobre o caso Roberto Jefferson
Avaliação feita pela equipe do presidente é que agilidade contribuiu para minimizar efeitos do episódio na reta final da campanha

A lamentável cena protagonizada por Roberto Jefferson no último fim de semana veio para atrapalhar os planos do Jair Bolsonaro para esta reta final da corrida presidencial. O momento era de ganhar o voto de indecisos, manter o tom mais sereno, investir no “discurso de estadista”, como disse na semana passada à coluna um interlocutor do presidente.
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Ainda assim, o diagnóstico feito nesta segunda-feira pelo QG bolsonarista é a de que o presidente conseguiu minimizar o estrago. Em conversa com a coluna nesta manhã, um ministro avaliou que o presidente agiu rápido. Em menos de 24 horas, Bolsonaro recriminou as atitudes de Jefferson, defendeu a ministra do Supremo Tribunal Federal Carmen Lúcia dos ataques e xingamentos feitos por ele, determinou que ele receba “tratamento de bandido” e ainda jurou que nunca saiu na foto com o agora ex-amigo.
Mas, como a relação é antiga, não faltam registros. Ou seja, enquanto o time do presidente tenta virar a página, aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva passarão os últimas dias antes da eleição disseminando lembretes sobre os tempos em que Bolsonaro posava para a foto ao lado de Roberto Jefferson.
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