Prédio da Biblioteca Nacional no Porto Maravilha terá praça pública e espaços de convivência
Nesta quinta, arquiteto Hector Viglieca doará os croquis para o acervo da instituição
Todos os meses, cerca de 25.000 peças são doadas para alimentar o acervo de 10 milhões de itens da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Nesta quinta (29), quando a Biblioteca completa 205 anos, mais algumas peças passarão a integrar a coleção. Em vez de ajudarem a manter vivo o passado, elas apontarão para o futuro. São 6 croquis e um caderno de esboços do edifício anexo da Biblioteca que será construído no Porto Maravilha, o programa de revitalização da zona portuária carioca.
Quem assina os croquis é o responsável por projetar o novo prédio, o uruguaio Hector Vigliecca. No ano passado, seu escritório venceu o concurso de arquitetura promovido por uma parceria entre Fundação Biblioteca Nacional (FBN), Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp) e Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ). Na ocasião, foram avaliados 38 trabalhos de profissionais de todas as regiões do país. Vigliecca é autor da arena Castelão, em Fortaleza, entre outros projetos.
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A proposta de Vigliecca se destacou pela conexão com a cidade, feita a partir de uma praça coberta e um vão livre. “Não é um objeto isolado nem de ostentação”, diz o material descritivo. Dentro da Biblioteca Nacional do Cais do Porto, como deverá se chamar, haverá teatro, salas multimídia, café, galeria de exposições, restaurante e livraria, distribuídas entre a praça, o térreo e o mezanino. Existirá ainda uma biblioteca pública para pegar livros emprestados ou apenas ter alguns momentos de sossego com vista para o mar. Os volumes raros continuarão guardados no edifício principal.
Já existe um edifício pertencente à Biblioteca Nacional na zona portuária, a antiga estação de expurgo de grãos do Ministério da Agricultura, que terá parte demolida e parte reaproveitada. O custo total é estimado em 100 milhões de reais, e caberá ao presidente da Bilioteca Nacional, Renato Lessa, levantar os recursos necessários. Um caminho é permitir que empresas públicas e privadas contribuam em troca de expor suas marcas no local. A previsão de inauguração é 2017. “O novo edifício deve manifestar-se como um símbolo urbano, identificado e adotado pela população da cidade”, diz o descritivo. É pelo que todos nós torcemos.
Por Mariana Barros
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