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Bahia

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Rui Costa critica ‘chantagem’ do governo de excluir Bahia da reforma

Na opinião do governador petista, a postura do Palácio do Planalto desestimula apoiar a proposta

Por Rodrigo Daniel Silva
4 jun 2019, 19h56

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), disse, nesta terça-feira, 4, que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) tenta “chantagear e constranger” ao ameaçar excluir o Estado da reforma da Previdência. O petista baiano disse que a postura do Palácio do Planalto desestimula apoiar a proposta.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o relator da reforma na comissão especial da Câmara, Samuel Moreira (PSDB-SP), e o próprio governo estudam deixar no texto apenas estados endividados. Os estados com situação fiscal sólida e que fazem oposição a Bolsonaro seriam excluídos. Além da Bahia, o Rio Grande do Norte, que é comandado por Fátima Bezerra (PT), e Pernambuco, que é administrado por Paulo Câmara (PSB), também seriam afetados.

“A política, nos últimos meses no Brasil, deixou de ser a do diálogo, do entendimento e do consenso para tentar ser a da ameaça, do constrangimento e ou da chantagem. Este é pior método para atrair apoio para as mudanças que o Brasil precisa. Não vai conseguir declarações de apoio para esse ou aquele ponto ameaçando, constrangendo ou criando chantagem para quem quer que seja. Não me sinto motivado ou incentivado a entrar em um debate sobre qualquer tema sendo ameaçado, chantageado ou constrangido seja publicamente ou reservadamente. Não faz sentido este tipo de ameaça de que vai tirar os estados e municípios da reforma da Previdência. (…) Não me sinto mobilizado ao ficarem ameaçando se vai incluir ou retirar (a Bahia)”, declarou, em seu programa “Papo Correria” transmitido nas redes sociais.

Rui Costa disse, ainda, que já adotou medidas para amenizar o rombo na Previdência baiana, ao aumentar a alíquota previdenciária de 12% para 14% no estado no final do ano passado.“Não fiquei esperando na sombra tentando me esconder atrás de ninguém”, ressaltou. O petista tem sinalizado apoio à reforma desde que alguns pontos sejam retirados, como as mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC), na aposentadoria rural e a criação da capitalização.

O governador voltou a criticar a intenção de criar a capitalização. O baiano afirmou que vai orientar sua bancada no Congresso a votar contra este ponto. “Onde foi implantado os efeitos foram desastrosos”, ressaltou.

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