Não conto com ajuda de Bolsonaro no meu planejamento, diz governador da BA
Rui Costa não espera transferência de recursos do atual presidente como teve o antecessor Jaques Wagner (PT), que governou com Lula e Dilma na presidência
No lançamento do Plano Plurianual (PPA) 2020-2023, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), disse, nesta sexta-feira, 5, que não espera contar com ajuda do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que encerra o mandato em 2022.
“Eu não conto, em meu planejamento, com ajuda do governo federal nos próximos quatro anos. Portanto, nós temos que nos virar com as nossas próprias forças”, declarou, em discurso.
Em entrevista à imprensa após o evento, Rui Costa explicou que não espera do governo Bolsonaro transferências de recursos federais como ocorreram na gestão do seu antecessor Jaques Wagner (PT), que governou durante a gestão dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT.
“Quando eu digo que não conto no planejamento, é na ajuda efetiva como Wagner, no seu governo, contou. (Ele recebeu) transferências expressivas, por exemplo, para água e esgoto, para grandes projetos, como a água de Irecê, que veio do São Francisco. Foi investimento de 200 milhões reais na época. Foi financiamento do presidente Lula. Depois veio a presidente Dilma que ajudou Wagner a trazer água para Guanambi e Caetité. Foi 200 e tantos milhões de investimento. Então, quando digo que não conto é nesta expectativa de o governo federal aportar (recursos para a Bahia)”, afirmou.
Rui Costa disse, ainda, que o Teto de Gastos, que foi aprovado no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), traduz que “não venha me pedir nada porque não tenho para dar”. “A tradução do Teto de Gastos é isso. Eu não posso fazer um planejamento alicerçado em quem tem uma visão de investimento nesta perspectiva”, pontuou.