Nos idos de 2013, quando os “movimentos pagos pelo PT” resolveram infernizar o governador Geraldo Alckmin, ninguém imaginava o rastilho de pólvora que acabaram acendendo. A coisa toda veio num crescente que acabou por defenestrar a bolivariana vigarista do palácio em que se aboletava. É no mínimo esquisito que parte da polícia, parte do teatro encenado na frente dos batalhões e parte da criminalidade latente se unam numa clara tentativa de desmoralizar a administração do governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, num momento de fragilidade pessoal, inclusive.
A quem interessa essa desmoralização? Primeiro, à esquerda, na “forma geral”. O atual governador capixaba é o melhor texto de “oposição” dentre os atuais governadores, candidatos naturais à presidência. Melhor até que o próprio Alckmin, candidatíssimo a uma “vaga na disputa presidencial” em 2018. Depois, aos seus próprios concorrentes, não é mesmo? Pra mim o cara foi traído por uma aliança, que não vai me espantar se nela aparecerem tucanos e petralhas unidinhos na vigarice de sempre.
Acontece que, como em 2013, a culatra pode sair pelo tiro. Colocaram o Espírito Santo na mapa, finalmente. Deram voz e vez ao governador na “mídia” e ele é bom de lábia. A TV regional do ES anda bombando em audiência. Pois faça o seu trabalho, prezado governador. O Estado pode ser a primeira unidade da federação a exumar o cadáver da administração pública e desinfetar a área de vagabundos enfiados nela até o pescoço. O teatro das mulheres na frente das unidades de polícia é insustentável, além de farsesco.