Vlady Oliver: Brigadeiro e cajuzinho
Não é de hoje que se usa a “propaganda capitalista” para a inserção da vigarice ideológica de esquerda em mensagens publicitárias
Não é de hoje que, como publicitário, tento entender os motivos pelos quais algumas pessoas fazem as escolhas erradas deliberadamente. No episódio Dória vs Amazon, um bando de empadinhas empoleiradas numa agência de “publicidades” resolveu dar uma lição de moral no “prefeito coxinha”. O resultado está na “mídia”. Se deram tão mal que a própria empresa resolveu acatar a solicitação do prefeito, doando alguns de seus produtos.
Não é de hoje que se usa a “propaganda capitalista” para a inserção da vigarice ideológica de esquerda em mensagens publicitárias. Que as grandes empresas da nova safra de comunicação são ainda piores que a velha tevê que enfeita a nossa sala, disso eu já sabia. Aliar-se à burrice politicamente correta para detonar a própria imagem corporativa é que é novidade. Nisso estão empenhadas grandes empresas do setor de tecnologia. Uma verdadeira fauna.
Convém desconfiar quando o CEO da maior empresa de computação do mundo resolve cuidar da diarreia causada pela qualidade da água do planeta em vez de aperfeiçoar seu sistema operacional, que anda caindo pelas tabelas. Grana é o que não falta para torrar nessas vigarices ideológicas politicamente corretas. O que falta é um pouco de vergonha na cara destes ilustres, para entenderem que cajuzinho não é brigadeiro. Não adianta disfarçar o formato; o gosto continua o mesmo.