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Augusto Nunes

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Valentina de Botas: Ufanismo de pixuleco

VALENTINA DE BOTAS A semana passada foi especialmente repugnante na crônica lulopetista. O jeca farsante cavou uma fuga vergonhosa para adiar o encontro com a justiça; o banditismo degenerado em lulolatria mostrou, na pancadaria em frente ao Fórum Criminal da Barra Funda onde o ídolo de lodo deporia, do que é capaz para defendê-lo; reforçou-se […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 23h27 - Publicado em 24 fev 2016, 19h30

VALENTINA DE BOTAS

A semana passada foi especialmente repugnante na crônica lulopetista. O jeca farsante cavou uma fuga vergonhosa para adiar o encontro com a justiça; o banditismo degenerado em lulolatria mostrou, na pancadaria em frente ao Fórum Criminal da Barra Funda onde o ídolo de lodo deporia, do que é capaz para defendê-lo; reforçou-se o feixe bolivariano no STF e na PGR para, imolando o país, salvar os nefastos Lula e Dilma enquanto as leis e o país que se danem.

Aquela que era uma rainha para o marqueteiro agora preso se agarrou a um obscuro Picciani mostrando o estado terminal do governo ilegal, além de, ao tirar Marcelo Castro – e não que o ministro seja algo mais do que imprestável para a nação – por um dia do ministério da saúde, ter simbolizado todo o desprezo que devota não somente à saúde pública com que têm de se virar os brasileiros que bancamos um Sírio Libanês para a governante degenerada, mas a tudo que nos interessa.

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No programa do PT na TV, o incurável ególatra em decomposição, num ufanismo de pixuleco, anunciou que o Brasil é o melhor Brasil do mundo e afirmou que confia mais neste Brasil de agora do que naquele da época em que tomou posse: eu também, afinal, aquele lhe daria mais de uma década de poder, enquanto o de agora, embora não se espante mais com a degeneração revelada dia a dia, não aguenta mais estas caras, estes caras, estas vozes, esta ladainha, este cheiro, estes gostos, este desgosto: esta escória.

O chocante na súcia potente na escalada da abjeção é a capacidade de se suportar abolindo códigos mínimos civilizatórios, de aguentar a própria existência deteriorada sem tratar por um mísero dia e com um mínimo de respeito o país que degrada fingindo amá-lo. Mas o texto do programa do PT, embora péssimo – é preciso unir forças para fortalecer o país –, é correto: em março passado, a nação exausta tomou as ruas na maior manifestação do tipo depois das Diretas Já e sem os desdobramentos dramáticos da Lava Jato; neste 13 de março, que a pressão popular se una a esta revolução, como bem definiu José Roberto Guzzo, e force o fortalecimento de um Brasil menos primitivo exigindo a destituição do governo ilegal, a prisão do jeca e a extinção do PT.

Concordo com Guzzo, mas, na solidão institucional a que a oposição oficial relegou os indignados, o regime lulopetista teria aniquilado a Lava Jato antes que ela se tornasse revolucionária se não houvesse o jornalismo independente. Os textos em que registro minha indignação permanente são somente um jeito pessoal de resistência ao primitivismo pela qual voltarei às ruas no dia 13 de março e mais mil vezes voltaria; quanto à turma que acha que tudo não adianta nada, só um lembrete: ainda bem que o pessoal da nossa revolucionária Lava Jato discorda.

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