Tabelinha VEJA/Placar: Carlos Augusto Marconi conta como conseguiu remontar a final da Copa do Mundo de 1958
No Tabelinha VEJA/Placar desta terça-feira, conversei com o engenheiro Carlos Augusto Marconi, autor da remontagem da final da Copa do Mundo de 1958. Com a televisão ainda engatinhando no Brasil, a vitória da Seleção foi acompanhada pelo rádio. Até recentemente, os filmes do jogo só registravam os cinco gols da Seleção e os dois da […]
No Tabelinha VEJA/Placar desta terça-feira, conversei com o engenheiro Carlos Augusto Marconi, autor da remontagem da final da Copa do Mundo de 1958. Com a televisão ainda engatinhando no Brasil, a vitória da Seleção foi acompanhada pelo rádio. Até recentemente, os filmes do jogo só registravam os cinco gols da Seleção e os dois da Suécia, além de alguns lances isolados e da lendária caminhada de Didi até o meio do campo, carregando a bola que o goleiro Gilmar não conseguira agarrar. A mítica partida agora pode ser vista na íntegra. Para os que tentam digerir o empate com o México, é um consolo. Para todos os amantes do futebol, é puro prazer.
Ao longo de dois anos, Marconi juntou filmes incompletos e narrações radiofônicas truncadas até reunir o material suficiente para ressuscitar o jogo histórico. O que se vê é um time magnífico, mas sujeito a imperfeições como todas as equipes que existiram desde o nascimento do futebol. Pelé e Garrincha, entre tantos momentos sublimes, erram meia dúzia de passes banais ou são desarmados com facilidade. Mesmo craques tarimbados não escapam de surtos de nervosismo. Campeões menos festejados, como Orlando, mostram que foram muito mais que coadjuvantes. A bola rola com menos velocidade, o que permite acompanhar nitidamente os movimentos dos heróis que permitiram à torcida brasileira, há 56 anos, soltar pela primeira vez o grito aprisionado desde sempre na garganta: a Copa do Mundo é nossa.
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