Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Semana Cliente: Revista em casa por 7,50/semana
Imagem Blog

Almanaque de Curiosidades

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Para quem quer ir além da notícia no mundo da ciência e tecnologia

Fóssil raro no RS revela planta com esporos de 296 milhões de anos

Tecnologia moderna ajudou cientistas a descobrir como vivia e se reproduzia uma planta que existiu muito antes dos dinossauros

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 ago 2025, 15h00

Pesquisadores brasileiros identificaram e reclassificaram um fóssil encontrado há décadas no Rio Grande do Sul, revelando uma planta extinta que viveu há cerca de 296 milhões de anos, no período Permiano. O achado, publicado na revista científica Review of Palaeobotany and Palynology, descreve a Franscinella riograndensis — o primeiro registro no Brasil de uma planta fóssil com esporos preservados dentro das estruturas reprodutivas.

O exemplar já havia sido estudado na década de 1970 e classificado de forma genérica, por falta de recursos técnicos para análises mais detalhadas. Com o uso de tecnologias modernas, como microscopia eletrônica e moldagem em silicone, a equipe conseguiu observar características internas preservadas, incluindo caules ramificados e esporos com formato e textura específicos, ainda “no lugar” original. Esse nível de preservação é raro e dá aos cientistas pistas diretas sobre como a planta se reproduzia e qual era sua relação com o ambiente.

PALEONTOLOGIA: Franscinella riograndensis: nova interpretação revela planta de 296 milhões de anos da Bacia do Paraná com esporos preservados
(Carniere et al. (2025)/Reprodução)

Onde o fóssil foi encontrado e como foi estudado

A pesquisa foi liderada pela Universidade do Vale do Taquari (Univates), com participação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e de cientistas do instituto alemão Senckenberg. O trabalho também contou com infraestrutura do Instituto Tecnológico itt Oceaneon, especializado na recuperação de microfósseis, que aplicou protocolos específicos para extrair e analisar os esporos.

Esse tipo de achado é extremamente incomum: no mundo todo, há apenas outros quatro registros semelhantes. Ele permite conectar o registro visível da planta (como caule e folhas) com o registro microscópico dos esporos, algo essencial para entender como era a vegetação no Gondwana — o supercontinente que reunia a América do Sul, África, Antártida, Austrália e Índia — há centenas de milhões de anos. A Bacia do Paraná, onde o fóssil foi encontrado, é uma das maiores formações sedimentares da América do Sul e guarda vestígios preciosos desse passado remoto.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo Anual

Acesso ilimitado ao sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril
De: R$ 16,90/mês
Apenas R$ 1,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 11% OFF

Revista em Casa + Digital Completo Anual

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 7,50)
De: R$ 55,90/mês
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.