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Supertelescópio com maior câmera digital do mundo faz primeiras imagens do céu; veja

Instrumento fará maior mapeamento já realizado do céu, revelando bilhões de estrelas, galáxias e asteroides, além de fenômenos invisíveis aos telescópios atuais

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 jun 2025, 15h32 • Atualizado em 23 jun 2025, 15h57
  • O maior telescópio digital já construído começou oficialmente a operar nesta segunda-feira, 23. Instalado no Observatório Vera C. Rubin, no topo do Cerro Pachón, nos Andes chilenos, o equipamento vai capturar milhões de imagens em altíssima definição do céu do Hemisfério Sul ao longo dos próximos dez anos. As primeiras fotos divulgadas mostram detalhes inéditos do aglomerado de Virgem, a cerca de 50 milhões de anos-luz da Terra, e das nebulosas Trífida e Lagoa, localizadas na Via Láctea.

    A nebulosa Trífida é uma combinação incomum de um aglomerado aberto de estrelas, uma nebulosa de emissão com nuvens brilhantes de gás e poeira que emitem luz própria (região rosa), uma nebulosa de reflexão que reflete a luz de estrelas próximas (região azul) e uma nebulosa escura tão densa que bloqueia a luz dos objetos ao fundo (regiões escuras).
    A nebulosa Trífida é uma combinação incomum de um aglomerado aberto de estrelas, uma nebulosa de emissão com nuvens brilhantes de gás e poeira que emitem luz própria (região rosa), uma nebulosa de reflexão que reflete a luz de estrelas próximas (região azul) e uma nebulosa escura tão densa que bloqueia a luz dos objetos ao fundo (regiões escuras). (RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Reprodução)

    O projeto, batizado de Legacy Survey of Space and Time (LSST), é liderado pelos Estados Unidos e conta com a participação de cientistas brasileiros no processamento das imagens. Com um espelho de 8,4 metros de diâmetro e uma câmera de 3.200 megapixels — equivalente ao tamanho de um Fusca e com peso de três toneladas —, o telescópio será capaz de escanear todo o céu visível a cada poucos dias, acumulando uma quantidade inédita de dados astronômicos. A estimativa é de que sejam descobertas ao menos 17 bilhões de estrelas e 20 bilhões de galáxias, além de milhões de asteroides, cometas e supernovas.

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    Detalhe do aglomerado de Virgem revela duas galáxias espirais, três galáxias em processo de fusão, grupos de galáxias distantes e estrelas da Via Láctea. (NSF-DOE Vera C. Rubin Observatory/Reprodução)
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    O que o telescópio vai investigar

    Além de mapear objetos até então invisíveis a instrumentos convencionais, o Vera C. Rubin Observatory terá um papel central no estudo dos maiores mistérios do cosmos. Os dados coletados ajudarão a decifrar a natureza da matéria escura — que molda o universo com sua gravidade — e da energia escura, a força invisível responsável pela expansão acelerada do cosmos. O equipamento também deve identificar asteroides próximos da Terra, fenômenos transitórios como explosões estelares e até mesmo objetos interestelares ainda desconhecidos.

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    O aglomerado estelar aberto Bochum 14 pode ser visto a partir da perspectiva do Rubin. Aglomerados estelares abertos reúnem milhares de estrelas formadas a partir da mesma nuvem molecular gigante. (RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Reprodução)

    Com ciclos de captação a cada 39 segundos e cerca de 800 imagens por noite, o supertelescópio produzirá uma espécie de filme cósmico em time-lapse ao longo de uma década. A expectativa é que o LSST mude para sempre a forma como observamos e compreendemos o universo.

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