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Sinal da primeira luz do universo é detectado por telescópio espacial; veja imagens

Observação inédita mostra que, apenas 330 milhões de anos após o Big Bang, uma galáxia já conseguia emitir luz em meio à escuridão do cosmos

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 mar 2025, 13h37 - Publicado em 26 mar 2025, 13h00

Grupo formado por cientistas de vários países, liderado pela Universidade de Cambridge, detectaram, pela primeira vez, um sinal de luz vindo de uma galáxia que existiu quando o universo ainda era jovem e escuro. A descoberta, feita com o telescópio espacial James Webb e publicada nesta quarta-feira, 26, na revista Nature, mostra que essa galáxia, chamada JADES-GS-z13-1-LA, já emitia uma radiação intensa que conseguiu atravessar o gás denso e opaco que preenchia o cosmos logo após o Big Bang.

O sinal observado é uma luz muito específica, conhecida como emissão Lyman-alfa, produzida por átomos de hidrogênio. Em períodos tão remotos, esse tipo de luz normalmente não consegue se propagar, pois o espaço ainda era tomado por hidrogênio neutro, que absorvia a radiação. Mas essa galáxia conseguiu criar uma espécie de bolha ao seu redor — uma região onde o gás foi transformado em plasma pela ação da luz — permitindo que o brilho escapasse e cruzasse o universo por mais de 13 bilhões de anos até ser captado.

JADES-GS-z13-1 (NIRCam close-up)
Imagem ampliada da galáxia JADES-GS-z13-1 (ponto vermelho no centro), registrada pelo telescópio espacial James Webb. (NASA/ESA/CSA/STScI – Equipe JADES/Reprodução)

O que essa galáxia revela sobre as primeiras estrelas?

Esse achado revela que a reionização cósmica — processo que transformou o universo de opaco em transparente — pode ter começado antes do que os cientistas imaginavam. Após o Big Bang, o universo passou por uma longa era de trevas. A reionização foi o momento em que a luz das primeiras estrelas e galáxias começou a interagir com o gás ao redor, ionizando os átomos e permitindo que a radiação circulasse livremente pelo espaço.

O mais surpreendente é que essa transição pode ter sido impulsionada por galáxias pequenas e discretas, como a JADES-GS-z13-1-LA, e não pelos grandes sistemas que surgiram depois.

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A radiação intensa vinda dessa galáxia sugere a presença de estrelas muito quentes ou um buraco negro em formação. Os cientistas também consideram a hipótese de que ela abrigue estrelas da População III, as primeiras do universo, compostas apenas pelos elementos mais leves e ainda nunca vistas diretamente.

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