Série sobre cobras brasileiras tem estreia no National Geographic
Produção vai mostrar a importância das serpentes para a biodiversidade e para a vida humana
Os dias de quarentena e autoisolamento vividos pela população brasileira em meio à pandemia global causada pelo coronavírus pedem por distrações diárias. Nesta quinta-feira, 19, o canal National Geographic, que abriu o sinal como parte da colaboração para o momento de crise, terá a estreia da série Em Busca das Cobras, às 22h30. A produção será apresentada pelos biólogos Rafael de Fraga, o Rato, e Vinícius de Carvalho, o Vini, dois dos maiores especialistas em cobras da América Latina.
Os episódios da série documental foram produzidos em parceria com as produtoras Grifa Filmes e Duo2. Um dos motivos para a produção da série é mostrar a importância das cobras para a ciência e o meio ambiente. Com isso, a ideia é mostrar o outro lado destes répteis, conhecidos por serem peçonhentos e perigosos.
Veja, a seguir, algumas curiosidades sobre este animal:
1. Existem mais de 3.709 espécies de cobras em todo o mundo, desse total 412 estão no Brasil. A diversidade de cobras em nosso território se dá em função dos diferentes biomas que existem no país;
2. A maioria das cobras brasileiras são inofensivas e endêmicas, ou seja, só existem aqui. No Brasil existem apenas quatro espécies de cobras venenosas: a cascavel, jararaca, surucucu e a coral;
3. As cobras sentem cheiro pela língua, por isso que o órgão é dividido em duas partes, para detectar odores de direções diferentes.
4. No litoral sul de São Paulo está a Ilha da Queimada Grande – também conhecida como a Ilha das Cobras – onde fica a segunda região com a maior concentração do animal no mundo. O acesso é impedido pela Marinha.
5. As cobras são surdas. Elas sabem que alguém está se aproximando pela vibração do solo.
6. No Brasil, a cobra mais venenosa é a coral verdadeira, mas não é comum encontrá-la, já que vive escondida e é uma espécie considerada tímida.
7. As serpentes peçonhentas podem morder a própria cauda ou língua que nada acontece com elas. O motivo? Elas são imunes ao próprio veneno.
8. Algumas cobras estão prontas para nascer e sair do ovo entre 7 e 15 semanas depois da postura. Para quebrar a casca, elas usam o dente.
9. O Instituto Butantan, em São Paulo, foi pioneiro na produção do soro antiofídico, em 1901. Para produzir o remédio que combate o veneno das picadas das cobras, os pesquisadores vão até a Ilha da Queimada Grande em busca das serpentes e extraem – de forma benéfica – o veneno para a produção do antídoto.
10. Não existem cobras nativas na Irlanda, já que durante a Era do Gelo, esses locais eram muito frios para esses animais. Depois disso, os oceanos mantiveram as cobras longe do território irlandês. Outros países como Nova Zelândia, Antártida, Groenlândia e Islândia também não tem registros do animal em seus territórios.