Dia dos Pais: Revista em casa por 7,50/semana

Por que os pinguins procuram a costa brasileira no inverno?

Desde o dia 28 de junho, 111 pinguins-de-magalhães apareceram nas praias de Santos, São Vicente, Guarujá e Bertioga

Por Redação Atualizado em 18 jul 2025, 15h58 - Publicado em 18 jul 2025, 15h50

A chegada de pinguins às praias brasileiras durante o inverno, um fenômeno visto com encantamento e preocupação, é resultado de um longo processo migratório em busca de sobrevivência. Desde o dia 28 de junho, 111 animais apareceram nas praias de Santos, São Vicente, Guarujá e Bertioga, monitorados pelo Instituto Gremar. A espécie mais comum a visitar a costa do Brasil é o pinguim-de-magalhães (Spheniscus magellanicus), originário de colônias na Patagônia, tanto na Argentina quanto no Chile.

O principal motivo que impulsiona essa jornada, de acordo com especialistas, é a busca por alimento e águas mais quentes. Durante o inverno austral, as condições no extremo sul do continente tornam-se mais rigorosas, e a oferta de peixes e crustáceos, sua principal fonte de alimentação, diminui. Seguindo as correntes marítimas, especialmente a Corrente das Malvinas (ou Falklands), os pinguins nadam milhares de quilômetros em direção ao norte.

Essa corrente de água fria, que se desloca pela plataforma continental brasileira, carrega consigo uma abundância de vida marinha, atraindo não só os pinguins, mas também outras espécies. O Brasil, com suas águas relativamente mais quentes e ricas em alimento durante esse período, torna-se um destino atrativo. A jornada pode levar os pinguins a praias desde o Rio Grande do Sul até a Bahia.

É importante destacar que a maioria dos pinguins que chegam ao litoral brasileiro são jovens e inexperientes. Em sua primeira grande viagem migratória, muitos se perdem do bando, enfrentam dificuldades para caçar e acabam ficando fracos, desnutridos e desidratados. A viagem é um verdadeiro teste de seleção natural e, infelizmente, uma parcela significativa desses animais não sobrevive, sendo encontrados já sem vida na areia. O Instituto Argonauta registrou 47 pinguins juvenis encalhados nos municípios de Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela, em apenas três dias.

Além dos desafios naturais, os pinguins também enfrentam ameaças decorrentes da ação humana, como a poluição dos oceanos por óleo e lixo, e a pesca predatória, que pode ferir os animais ou reduzir ainda mais a disponibilidade de alimento.

Continua após a publicidade

Ao encontrar um pinguim na praia, a orientação das autoridades ambientais é não o devolver para a água, não o alimentar e manter distância, isolando a área para evitar o estresse do animal com a aproximação de pessoas e animais domésticos. O procedimento correto é acionar o órgão ambiental local responsável pelo resgate de fauna marinha. Essas equipes especializadas estão aptas a avaliar o estado de saúde do pinguim e, se necessário, encaminhá-lo para centros de reabilitação, onde recebem os cuidados adequados antes de, quando possível, serem devolvidos à natureza.

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 9,90/mês*
OFERTA DIA DOS PAIS

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 7,50)
A partir de 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.