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Pela primeira vez, cientistas observam a “morte” de uma placa tectônica

O movimento registrado em tempo real pelos pesquisadores nas profundezas do Noroeste do Pacífico ajuda a avaliar futuros riscos sísmicos

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 out 2025, 15h07 - Publicado em 31 out 2025, 14h39

Pela primeira vez, cientistas conseguiram observar diretamente uma zona de subducção — região onde uma placa tectônica mergulha sob outra — em processo de ruptura, revelando um fenômeno inédito na história da geologia moderna. A descoberta é de grande importância porque ajuda a compreender como a superfície da Terra se transforma ao longo do tempo e como grandes terremotos podem se formar. Conduzido por pesquisadores da Universidade Estadual da Louisiana e publicado na revista Science Advances, o estudo oferece novas pistas sobre o comportamento dinâmico do planeta e os riscos sísmicos no Noroeste do Pacífico.

As zonas de subducção são estruturas fundamentais para a movimentação dos continentes, a formação de montanhas, terremotos e vulcões. Também possuem a função de reciclar a crosta terrestre nas profundezas do manto. Mas não se tratam de estruturas permanentes.  Eventualmente, entram em colapso e se desintegram em um processo que até hoje era pouco compreendido. “Fazer uma zona de subducção começar é como empurrar um trem morro acima, mas pará-la é como assistir esse trem descarrilar”, explicou o geólogo Brandon Shuck, coordenador da pesquisa.

O fenômeno foi identificado ao largo da Ilha de Vancouver, na região de Cascadia, no Noroeste do Pacífico, onde as placas tectônicas Juan de Fuca e Explorer deslizam. O movimento foi captado com o auxílio de imagens sísmicas de reflexão, que parecem com as de um ultrassom do interior da Terra, e de dados de terremotos coletados durante o experimento Cascadia Seismic Imaging Experiment (CASIE21).  Com essas informações, os cientistas conseguiram detectar que o sistema está se partindo em vários pedaços. As imagens mostraram fraturas profundas e regiões onde a placa oceânica está literalmente se rasgando, formando microplacas e novas fronteiras geológicas.

Segundo os cientistas, o rompimento se dá de forma gradual, com grandes falhas que indicam o afundamento de até cinco quilômetros em algumas áreas. Dados sísmicos mostram que certas partes ainda geram terremotos, enquanto outras já se tornaram silenciosas, o que sugere que fragmentos da placa já se desprenderam completamente. Essa descoberta fornece uma visão inédita sobre como as zonas de subducção “morrem” e sobre os processos que moldam continuamente o planeta, oferecendo também informações valiosas para avaliar futuros riscos sísmicos na costa oeste da América do Norte.

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