MCTI ajudou a repatriar quase mil fósseis em 2023
Registros históricos se somam ao Ubirajara jubatus, ao manto tupinambá e a um livro raro que havia sido furtado de museu paraense
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em conjunto com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) anunciou, nesta quarta-feira, 27, que 998 fósseis e um livro raro foram repatriados no mês de dezembro. Materiais históricos vieram da França e da Alemanha.
Os materiais paleontológicos foram apreendidos no porto francês de Le Havre e são provenientes do Geoparque Araripe, integrante da lista da Unesco desde 2006. A repatriação contou com interlocução entre Embaixada do Brasil em Paris, Ministério Público Federal, Universidade Regional do Cariri (Urca), MCTI e MRE.
Além dos fósseis, o livro Reise in Chile, Peru und auf dem Amazonenstrome (Viagem no Chile, Peru e no Rio Amazonas), de 1836, de autoria do zoólogo alemão Eduard Poeppig também foi recuperado. O exemplar foi furtado do Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém, entre 2007 e 2008 e encontrava-se na Argentina.
Para onde irão os fósseis?
Os fósseis ficarão no Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, mesmo que recebeu o fóssil Ubirajara jubatus, levado do país na década de 1990 e repatriado em junho. Primeiro dinossauro não-aviário com estruturas semelhantes a penas encontrado na América do Sul, o fóssil estava no Museu Estadual de História Natural Karlsruhe, na Alemanha, e retornou ao país após intermediação entre URCA, MCTI, MRE e Embaixada da Alemanha no Brasil.
De acordo com o comunicado divulgado pela pasta, o MCTI, em conjunto com o governo do Ceará e a URCA, está planejando a expansão da instituição. “A ampliação do museu é urgente uma vez que há necessidade de abrigar os diversos fósseis que todos os dias são encontrados no Geoparque, além dos achados que estão sendo repatriados para o Brasil. Então precisamos de espaço para abrigá-los com os devidos cuidados e também para acomodar os pesquisadores bolsistas que estão trabalhando no local”, disse o secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do MCTI, Inácio Arruda.